quarta-feira, março 14, 2018

A irrelevância de ter uma ou outra coisita a mais no currículo


Tenho o antigo curso dos liceus. 
Tenho uma licenciatura.
Tenho umas pós-graduações e mais uma data de coisas nessa base.
Sou médica cirurgiã.
Agora exerço um cargo de tal e coisa e antes já exerci muitos outros cargos e até já fui ministra.
Tenho certificados de tudo.
Upssss. Está ali, pelo menos, uma coisa a mais. Mas, atenção, coisa sem mal nenhum. Quem quiser apontar-me isso à cara só revela que está de má fé. E só pode estar a querer atacar o PSD. Vou fazer outro CV  e resolve-se já o assunto. Ponto final.
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Tenho o antigo curso dos liceus. 
Tenho uma licenciatura.
Tenho umas pós-graduações e mais umas quantas coisas nessa base.
Sou arquitecta de interiores.
Agora exerço um cargo de tal e coisa e antes já exerci muitos outros cargos e até já fui primeira bailarina.
Posso mostrar certificados de tudo. De tudo.
Upssss. Está ali, pelo menos, uma coisa a mais ou pouco precisa ou lá o que é. Mas já corrijo. Querem enfraquecer o Rui Rio e pegam nestas picuinhices que não interessam nem ao menino Jesus. Já corrijo e não se fala mais nisso. Não alimento cabalas.
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Tenho o antigo curso dos liceus.
Tenho uma licenciatura.
Tenho umas pós-graduações e mais umas quantas coisas nessa base.
Sou bióloga marinha.
Agora exerço um cargo de tal e coisa e antes já exerci muitos outros cargos e até já fui a atracção mais mediática do aquário principal no Oceanário.
Posso mostrar atestados, certificados e diplomas de tudo. Assinados, autenticados.
Upsssss. Pronto. Já chega de tareia. Está ali uma ou outra coisita a mais ou pouco correcta mas que importância tem isso? Apaga-se e acaba-se já com esta polémica que só aproveita àquela deslumbrada da Madarrã Cristas que já se vê como Primeira-Ministra e que faz de tudo para dar cabo do Rio. Não contem comigo para guerras sujas. Bando de desocupados. Vão trabalhar.
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Calma aí. 

O que acima escrevi não tem nada a ver com a notícia de que transcrevo uns excertos:
PGR remeteu para inquérito no DIAP de Lisboa os elementos que recolheu sobre o caso do currículo do secretário-geral do PSD nem com o facto de que, há poucos dias, Rui Rio dava nota de manter a confiança no homem que escolheu para um dos cargos mais importantes do partido e desvalorizava a polémica. "Há um aspeto do currículo de Barreiras Duarte que estava a mais, não estava preciso, e ele corrigiu", afirmou o líder do PSD. (...) Além de secretário de Estado, Feliciano Barreiras Duarte foi várias vezes deputado eleito por Leiria, chefe de gabinete de Passos Coelho enquanto primeiro-ministro, presidente da Assembleia Municipal do Bombarral e de Óbidos e continua a ser vice-presidente da concelhia do Bombarral. (...)
Segundo o Observador, poderá, no limite, ser suspeito dos crimes de falsificação de documentos, usurpação de títulos (que se consubstancia no documento alegadamente falsificado) e até crime de usurpação de funções, caso tenha exercido funções para as quais não tinha competências. (...)
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