domingo, dezembro 31, 2017

Nas despedidas de 2017, os meus votos de que acabe bem e que dê lugar a um ano melhor.
A todos os meus votos de boas saídas e melhores entradas.
Um bom 2018 a todos!




Já estou vestida a preceito para o reveillon. Se há momento no ano em que faço questão de me aperaltar é para receber o Ano Novo. Escolhi um vestidinho preto, sem mangas, decote redondo, justo e um pouco por cima do joelho, com uma barra de veludo ao alto. Pus um colar de pedras brancas e transparentes, várias pedras sobrepostas e entrelaçadas. Acho que dá brilho e um certo toque de glamour. Tenho meias pretas e sapatos de veludo pretos. Brincos discretos: um brilhantezinho, para atrair a luz.


Penso que o jantar vai ser bom. Jantar tardio à luz das velas, um bom vinho. Tem que ser. À meia-noite formularei os meus votos pessoais que, naturalmente, incluem todos os que me são queridos. A seguir, tentarei telefonar àqueles que estão a festejar noutras paragens. 


No dia 1, como habitualmente, voltarei a ter a casa cheia e hoje de tarde já adiantei alguns dos ingredientes para que, quando os comensais cheguem, tudo esteja pronto a comer. Sugeriram brunch e brunch será mas brunch bem aviado.


Este meu último dia do ano tem sido bastante bom e incluíu uma tarde passada in heaven. Ontem tinha andado rente ao mar. Portanto, despeço-me de 2017 com a memória bem fresca da maresia e dos perfumes do campo. Na medida do possível é isso que hoje partilho convosco. Não há sons nem cheiros nem o friozinho húmido nem o calorzinho quando raia o sol. Mas quem dá o que tem, a mais não é obrigad, cero...?


Finalmente temos alguma chuvinha e tudo está verde e viçoso, a terra macia e húmida, cheirando a fertilidade, os pássaros num concerto feito de alegria.

E estou em paz, a consciência limpa, tranquila. Mais um ano que vira a página para se ir acolher ao passado, mais um ano a começar e eu só espero que, para todos, seja um ano feliz, que chegue em paz e permaneça em harmonia.


E muita saúde e muita sorte a todos. E que a beleza e o amor vos envolvam.
Ia dizer 'afecto' mas arrepiei caminho não fosse parecer que estou a colar-me ao Marcelo-Pinga-Afecto. Não senhor. Gosto muito de afecto, abraços e beijinhos mas com conta, peso e medida. Não me agrada lá muito a incontinência afectuosa. Mas enfim, cada um é como é. E as melhoras a ele, ao nosso Presidente. E que o ano novo lhe traga algum comedimento que a gente já não aguenta tanta imoderação verbal e afectuosa.
Um abraço a todos! 




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Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
(...)

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.


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E que venha 2018 que cá estamos para o receber.

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