quinta-feira, abril 25, 2024

Foi bonita a festa, pá
25 de abril sempre

 

Um imenso mar de gente em festa, em família, entre amigos. Uma festa intergeracional mas, arriscaria dizer, com uma inédita e inacreditável massa de jovens e de crianças. 

Todas as ruas iam dar ao Marquês. Os relvados da avenida e da rotunda cheios de gente. Muita cor, muita alegria. Gente a cantar, a rir, a abraçar-se, a festejar, a gritar gritos de ordem: um hino à liberdade cantado a muitos milhares de vozes.

Muita emoção, uma emoção contagiante, uma vontade de que as ruas nunca percam a alma, que continuem cheias de gente, que não seja só nos 25 de Abril. As ruas querem-se vivas e alegres. É na rua que as pessoas se encontram, se abraçam, se vêem a rir, que cantam em uníssono. Não é na solidão das redes sociais. É nas ruas. É na partilha, no contacto, na felicidade de estar com os outros que a liberdade e a democracia se mantêm vivas e pujantes.

Em boa hora o meu marido se lembrou de que devíamos ir para a avenida. Estou muito feliz por lá ter estado. 

Desejo que o 25 de Abril se mantenha vivo, cada vez mais festivo, cada vez mais enraizado e pujante, cada vez mais um balão de oxigénio que alimente os nossos quotidianos. E desejo que daqui por 50 anos os meus filhos, os meus netos, os meus bisnetos e trinetos continuem a sair à rua a festejar o dia da Liberdade e da Democracia no nosso querido país.











































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Nota: Caso algum dos que aparecem nas minhas fotografias aqui não quiser estar, peço o favor de me contactar identificando a fotografia que logo a retirarei

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25 de Abril sempre

abril que te quero abril

 


Esta é a madrugada que eu esperava

O dia inicial inteiro e limpo

Onde emergimos da noite e do silêncio

E livres habitamos a substância do tempo

[Sophia]

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25 de Abril sempre

Não há como analisar as capacidades mentais de Marcelo...? Pergunto.

 

O que Marcelo disse, tudo o que disse -- sobre Montenegro, sobre António Costa, sobre a colonização, sobre os processos judiciais e, até, sobre o filho --, parece-me tão descabido, tão insensato, tão grave, tão ofensivo, tão disparatado, tão estranho que me ocorrem dúvidas sobre se não há ali já qualquer coisa que não esteja a funcionar muito bem.

É que não é só ele ir embalado pela própria verve, não é só querer ser engraçado, não é só ser desbocado como sempre revelou ter tendência para ser, é mais que isso. Parece mesmo ser indiciador de que a falta de discernimento, de limites e, nas suas funções, de falta de sentido de Estado são de tal magnitude que seria bom que uma equipa médica analisasse as suas capacidades.

Num momento de baralhação parlamentar, com um governo minoritário inapto que não consegue planear, estudar os assuntos e fazer pontes, parecer-me-ia essencial haver um presidente capaz de agarrar as rédeas. Ora, não apenas foi ele mesmo que arranjou o caldinho de dissolver um parlamento em que havia uma maioria absoluta, como agora que o parlamento está fragmentado e com uma bancada enorme de populistas de extrema-direita, mostra estar desatinado, a sofrer de incontinência verbal desenfreada, inconveniente.

Não sei como se sai disto.

Mas seria bom que, caso o senhor já não esteja bem, se arranje uma maneira civilizada, democrática, consensual e livre de antecipar as eleições presidenciais.

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PS: Apesar do despropósito do que Marcelo disse sobre o Ministério Público, face ao que disse, penso que de duas uma: ou Madame Gago se demite ou Marcelo arranja maneira de a demitirem. Tão simples quanto isso.

quarta-feira, abril 24, 2024

Mesmo na noite mais triste em tempo de servidão há sempre alguém que resiste há sempre alguém que diz não

 

(...)

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das água
para onde vais? Ninguém diz.

(...) 




terça-feira, abril 23, 2024

Montenegro e a falta de ética e de rigor da AD e seus apaniguados
- A palavra ao meu marido -

 

A Governo da AD confirmou ao que vinha. O objetivo fundamental parece ser sobretudo dar mais lucros às grandes empresas, às que não precisariam de mais 'atenções' e diminuir poucochinho, muito poucochinho, os impostos sobre os rendimentos de quem trabalha e de quem já trabalhou. 

Nos intervalos, tenta iludir as classes profissionais e as corporações que se têm mostrado mais reivindicativas com reuniões, aparentemente simpáticas, nas quais, de forma redonda, promete analisar os cadernos reivindicativos. Se bem me recordo da campanha eleitoral, as promessas eram que iam resolver, de súbito, todos os problemas que eram conhecidos. Mais um embuste. A tendência que o PM e o seu séquito têm para deturpar a verdade continua. 

Depois de desdizerem tudo o que disseram na campanha eleitoral sobre o IRS, eis senão quando, o Montenegro na  conferência de empresa da passada sexta-feira sobre o IRS consegue dizer que a maior diminuição da taxa do IRS é feita nos rendimentos das pessoas cujos escalões não são abrangidos pela taxa de IRS. Para além de mais uma falácia, revela, de novo, a falta de rigor e de ética das pessoas ligadas à atual AD e o hábito que têm de iludir as pessoas. 

Os jornalistas, revelando uma preocupante acefalia, não dão ou não querem dar pelos embustes. Que eu tenha visto, apenas o Ricardo Araújo Pereira ontem falou em mais esta mentira. Não deveriam os jornalistas exigir rigor e verdade nas intervenções  do PM e dos seus apaniguados? Deviam!

A falta de rigor e de ética dos ADs e seus "proxies" (expressão que parece que, neste contexto, agora caiu no goto da malta) é uma constante. São as intervenções do Paulo Portas na TVI, é o Nuno Melo  a anunciar comemorações do 25 de Novembro dias antes dos 50 anos do 25 de Abril numa convenção do CDS, são os comentadores de vários programas televisivos a opinarem sem rigor e a reescreverem, sem pudor, a história recente. É um vale tudo vergonhoso.

Outro que merece reparo é o Leitão Amaro (Lentão Amaro, segundo o mesmo Ricardo Araújo Pereira). Também padece da mesma falha ética: depois de o PSD ter atacado fortemente o caso da Alexandra Reis, agora vem defender a Secretária de Estado da Mobilidade quando o caso é análogo. A verba pode ser menos sexy mas os fundamentos são os mesmos. Uma pessoa que recebe indemnização ao sair de uma empresa, a seguir não pode ir trabalhar para outra empresa da mesma entidade empregadora. Neste caso, por maioria de razão, já que os empregadores são empresas da esfera pública. Ora, ao escamotear este facto e ao usar argumentos falaciosos, alinhou pela bitola desta AD.

O Hugo Soares, líder parlamentar do PSD, afirmou que o programa eleitoral do PS não contemplava nenhum alívio fiscal. Ora basta ler o programa do PS para constatar que o Hugo Soares também mentiu.

E, a propósito de vergonhoso, quando é que a PGR se demite? 

O Prof. Marcelo, depois de ter andado estes anos a ser um dos fatores de maior instabilidade do País, podia fazer alguma coisa de útil e, pelo menos, já que diz que não tem poder para tal, pelo menos podia aconselhar a PGR a demitir-se. Já não seria mau. O ideal era que ele próprio também se demitisse. Depois de mais uma intervenção muito infeliz sobre o desenrolar da atuação do MP que fez cair o Governo e das respetivas justificações, mais uma vez ficou claro que já ultrapassou o prazo de validade. 

E, quanto ao sacrifício do Marques Mendes face ao último Bugalho a sair do saco, o que tenho a dizer é que é sempre a descer... 


Quando as televisões contratavam o jovem Sebastião Bugalho para comentar tudo e mais um par de botas, era em que qualidade ou com que intuito?
Na qualidade de putativo cabeça de lista da AD às Europeias? Ou com o intuito de torná-lo um produto vendável e, qual sabonete, ficar capaz de ser vendido pela AD aos eleitores?
E Montenegro que, depois de ter enganado meio mundo, a seguir chamou estúpidas às pessoas que acreditaram nele e ficcionistas aos jornalistas, agora passou informação errada ao Marques Mendes só para se rir à brava vendo-o a espalhar-se ao comprido...?
Ui....

 

Pergunto.

É que não consigo perceber se esta de sacarem da cartola o tuttifrutti Bugalho para encabeçar a lista da AD às Europeias é de gargalhada, se é a mais última tragédia da ópera bufa montada pela trupe AD. A mim parece-me um valente tiraço no pé mas, caraças, neste mundo de loucos, que sei eu...

Quanto à barracada que fizeram o Marques Mendes dar, pondo-o, em horário nobre, a vender jogo branco parece-me imprudente. Ou insensato.

Ainda há pouco, Hugo Soares, todo pimpão, disse que houve por aí muito bom menino na comunicação social a efabular sobre o assunto. A efabular. Ou seja, segundo eles, mais outros a ficcionarem. Certamente, referia-se ao ex-bem-informado Marques Mendes. 

Agora digam-me: quem é que, com esta banhada, doravante vai acreditar no Marques Mentes? Ninguém. Toda a gente se vai atirar para o chão a rir a bandeiras despregadas quando ele, ladino, se puser com as suas profecias... Toda a gente vai pensar que não passam de mais umas daquelas rasteiraças do Montículopreto. 

Ora, cá para mim, com estas e outras que anda para aí a fazer, não sei se o dito Black Montículo vai ter, por muito mais tempo, razões para andar por aí a exibir com o seu irritante joker smile. 

Qualquer dia é dia... (digo eu). O dissolvente que vá fazendo os seus jogos de tabuleiro que é capaz de isto ir ficando cada vez mais tremido. 

Do alto dos seus imponentes casacos, Madame Gago continua sem se demitir?
A sério...? Ainda não...?

 

Só isso.

Não sei se coloque aqui um relógio a fazer o counting down até que Madame perceba que já acabou, que já devia ter bazado há bué (bazado do verbo bazar, claro). 


segunda-feira, abril 22, 2024

Um milhão de sonhos

 

É precisa muita coragem para ter uma deficiência incapacitante ou deformadora e seguir adiante, arranjar energia e motivação para viver no mundo 'dos outros'. Em situações assim, não se sentir inferior, não adoptar a atitude da vítima, não querer saber dos olhares de viés, não recear encarar o espelho, é sinal de valentia e de uma personalidade forte.

A minha mãe, enquanto viveu, manifestou sempre a sua surpresa por eu não ter nascido com paralisia cerebral ou outra lesão grave. Nasci mais tarde do que devia, o trabalho de parto durou dias, deixando a minha mãe exausta, bastante mal. Não fizeram cesariana nem me arrancaram a ferros. Não sei porquê. Se calhar não tinham meios. Não faço ideia. A minha mãe sempre disse que se assustou muito quando me viu: nasci roxa, quase negra,  coberta de limos verdes, sem respirar, praticamente morta. E, de imediato, tive que levar uma injecção de coramina. 

Em situações assim, de prolongada falta de oxigénio, não é incomum que os que sobrevivem sofram lesões, muitas vezes irreversíveis.

Quando a minha mãe contava isto e dizia que não sabia como é que eu tinha ficado normal, na brincadeira, o meu marido perguntava: 'Mas quem é que disse que ficou...? Acha mesmo que ela é normal...?'. A minha mãe respondia: 'Ah... não diga isso... não brinque...'.

E eu sempre achei alguma graça pois, na verdade, considero-me uma improbabilidade que correu bem, Sinto-me agradecida por tudo, a começar logo no facto de ter sobrevivido e, aparentemente, sem lesões.

Tive um colega na faculdade que sofria de paralisia cerebral. Dizia que era fruto de problemas no parto. Para ele tudo era muito difícil: andar, falar, escrever. Uma luta tremenda. Inteligente mas a ter que suar as estopinhas para que os outros o conseguissem perceber.

O caso de Ravi não tem a ver com isto. Teve um tumor benigno no cérebro mas tão grande e em zonas tão nevrálgicas que, na cirurgia, não conseguiram tirar tudo e, portanto, vive com os efeitos da pressão que o tumor provoca em zonas que afectam a sua expressão e a sua vida.

A sua actuação ao lado da irmã pequenina, dos pais, dos amigos, da equipa médica, de outras crianças com problemas, é uma actuação emocionante.

Não devemos ficar indiferentes ao que é a vida de crianças com problemas e a vida dos pais que veem a sua vida condicionada e que travam uma luta em quartel para que os filhos tenham uma vida tão normal quanto possível num mundo formatado para a 'perfeição'.

Brave 8-year-old, Ravi gets Alesha's Golden Buzzer with POWERFUL performance | Auditions | BGT 2024


A história de Ravi



Desejo-vos uma boa semana a começar já nesta segunda-feira
Saúde. Compaixão. Amor. Paz.

domingo, abril 21, 2024

Coisas boas e bonitas

 


Desta vez, quando atingi um número redondão, não me apeteceu festejar. Estava desinspirada, sem cabeça para pensar em cenas festivas. Por isso, passei pelos 7 milhões como boi por vinha vindimada. (É boi ou cão? - engano-me sempre nos provérbios, Mas tanto dá, boi ou cão, o que quero dizer é que fui deixando passar os dias e os 7.000.000 já vão em 7.146.009 (neste momento)). Por isso, agora, já foram.

Mas, ainda assim, agora que aqui estou, quero dizer que continuo surpreendida por aqui ter chegado, tanto milhão de visualização, e agradecida por ter a vossa companhia. Quero que saibam que não é palavra de circunstância. É mesmo de coração.

Penso muitas vezes que nada me obriga a continuar a vir aqui todos os dias pelo que poderia conceder-me (a mim e a vocês...) umas tréguas, umas férias, um descanso. Mas, para mim, estar aqui é estar de férias, é descansar a cabeça. Venho aqui por prazer, não por obrigação. E, muito sinceramente vos digo, espero que convosco aconteça o mesmo.

De vez em quando, ao ver qualquer coisa bonita, fotografo para partilhar convosco ou penso que poderia falar nisso.

Depois, à noite, aqui, penso que são coisas insignificantes, que não faz sentido estar a ocupar espaço e a maçar-vos com banalidades.

Em alturas de guerras, destruições, ou em período de instabilidade política ou degenerescência ética, que sentido falar de pequenas coisas, iguais para todos? 

Mas, também, pode alguém estar permanentemente motivado para falar de coisas sérias e preocupantes? Eu não consigo. Posso ser fútil, mulherzinha desocupada, dondoca (como aquele meu fofo arqui-inimigo me chama). Mas sou o que sou e não me apetece vir para aqui fingir que sou diferente.

Estando com a família estou protegida, rodeada de alegria e boa disposição. Ainda ontem, à conversa com amigo de longa data, pusemos a conversa em dia e, apesar de também falarmos de acontecimentos tristes nas nossas vidas, logo falamos de coisas boas, rimo-nos, combinamos um almoço. E agora estou a preparar outro encontro bom. E tudo isso me transporta para um espaço no qual há paz, canto de pássaros, flores crescendo em liberdade, sorrisos, afectos.

Por isso, por vezes, dói-me sair do aconchego da minha zonazinha de conforto e falar de gente que não me interessa, de gente má, ou, pior ainda, das suas vítimas inocentes.

Por comodismo, fico-me por florzinhas, por vídeos de decoração, pela vontade de abraçar o mundo inteiro e deixar-me ficar a ouvir o canto dos passarinhos, a sentir o perfume dos flores, a ouvir os meus amores e amigos a conversarem à minha volta, envolta em paz e sossego.

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Por exemplo, um vídeo que mostra um lugar muito bonito onde deve ser maravilhoso estar

At Home in Marrakesh with Meryanne Loum-Martin

Join Susanna in Marrakesh, Morocco as she visits renowned hotelier Meryanne Loum-Martin at her stunning property containing both her renowned boutique hotel Jnane Tamsna and her own residential refuge in the heart of Marrakesh’s Palmeraie district. Both places are just seamless steps from one another and resonate with Loum-Martin’s penchant for blending culture, history and design.

Born in Cote d’Ivoire, Loum-Martin worked in Paris as a lawyer before moving to Morocco in 1996.  She built the property in 2001, after creating its buildings and outfitting its unique rooms with furniture and objets culled from her extensive travels. Her ethnobotanist American husband fashioned the native gardens and their bounty helps feed the many guests who seek their generous hospitality from all over the world. 
The hotel’s interiors are as singularity exotic as the rooms in Loum-Martin's home, both filled with art, textiles and antiques and she and Susanna explore each.  You won’t want to miss how Morocco’s only Black female hotelier determinedly brought her vision of creating a destination for world travelers and for her own family, to life.

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Desejo-vos um belo dia de domingo

Saúde. Alegria. Paz.

sábado, abril 20, 2024

O animal feroz está em grande forma e recomenda-se

 

A quem não viu, recomendo que vá à box e ponha na CNN, talvez a começar às 22:00. Grande entrevista da Ana Sofia Cardoso que, com aquela sua tradicional bonomia e sempre sorridente mas sem perder a oportunidade de laçar a presa, conseguiu aguentar-se muito bem ao balanço. 

E Sócrates, sangue na guelra como sempre, um punch como poucos, irónico, sem filtros que é um gosto, não se coibiu de dizer, alto e bom som tudo o que tem a dizer.

Nestes tempos de falácias, verdades escondidas com rabo de fora, conversas politicamente correctas para agradar a gregos e troianos, sabe bem ouvir alguém que mantém o raciocínio veloz, o verbo ágil e a truculência nos píncaros.

Pela forma e pelo conteúdo, belo momento de televisão.

sexta-feira, abril 19, 2024

Sra. PGR pf demita-se

-- A palavra ao meu marido --

 

A resposta da Relação ao recurso da defesa do caso Influencer foi demolidor para o MP. 

Como já se antevia, segundo a Relação, a investigação do MP foi suportada numa visão distorcida da realidade, o que parece ser apanágio dos Procuradores. 

Os Juízes Desembargadores não tiveram dúvidas em afirmar que o que aconteceu foi apenas o resultado da atividade normal dos intervenientes (os supostos suspeitos), fizeram o que era suposto que fizessem no âmbito das suas funções, que não vislumbram nenhum crime nem nenhuma intervenção do António Costa que resulte de algum pedido dos intervenientes no processo. Mais: dizem ou dão a entender que tudo o que ali está é uma ficção, uma incompetência, um disparate do MP. 

Relativamente ao João Galamba -- que foi mais do que destratado na comunicação social e pelo PR -- também referem que a sua atuação se insere no âmbito das funções que exercia. 

Depois destas conclusões, o que faz a PGR? Refere que vai continuar a investigar, que vai continuar a gastar o dinheiro dos contribuintes. 

Isto é demais, Se esta senhora não se demite, alguém devia demiti-la. E já. 

É incompreensível como é que  a PGR não dá quaisquer explicações, mais do que devidas, e o PR -- sempre tão prolixo -- não exige publicamente que ela esclareça os Portugueses.

É que esta senhora deitou um governo abaixo, com  ajuda do PR, o que fez com que tivéssemos um governo em gestão durante seis meses, gastássemos milhões em eleições que não se justificavam e, ainda por cima, o resultado dessas eleições tenha deixado o País mais ou menos ingovernável.

É urgente que a PGR explique porque acrescentou o parágrafo no comunicado (foi "inspirado" por alguém?) e a seguir se demita. 

E o PR tem que fazer o seu "mea culpa" pois, não nos esqueçamos, aproveitou a oportunidade para correr com o PS e, no intervalo, trucidou o João Galamba. 

A honestidade implicaria que o PR assumisse os seus erros. 

Vir agora, com ar de quem não quer a coisa, assobiar para o lado, e, em vez de demitir a PGR por indecente e má figura, pôr-se com bocas ligeiras e despropositadas como se o que aconteceu até fosse bom para o Costa, é muito mau, é muito grave, é inaceitável.

Quanto à Comunicação Social, talvez valha a pena que meditem neste caso e deixem de fazer julgamentos, com culpados pré definidos. Já basta a bandalheira criada e alimentada pelo MP, não é preciso que a Comunicação Social ainda a propale ou empole. 

Há alguma celebridade que seja muito parecida consigo?

 

Todos nós temos um sósia? Dizem que sim. E é provável que haja alguma celebridade que seja nosso sósia? A julgar pelo vídeo abaixo, até parece que sim.

Em relação a mim já me disseram -- mas isso nos idos da minha vida em que quer eu quer elas ainda estávamos na flor da idade -- que era muito parecida com a JC, que havia em mim um lado muito MM ou que fazia muito lembrar a KB. 

No outro dia, disseram-me que havia em mim qualquer coisa de uma outra, a SS. 

Ponho assim, cifrado e não por extenso e com fotografias, para que não se pense que quero que pensem que sou assim ou assado.

Sobre essas parecenças que já me atribuíram, não faço ideia se sim, se não, mas confesso que, a meus olhos, foi generosidade dos olhos de quem o disse. Mas, confesso também, é-me totalmente irrelevante ser assim ou o contrário pois sou o que sou e, a cada dia que passa, deixo de ser essa e passo a ser outra. O tempo passa e deixa marcas e o que éramos vai ficando soterrado sob a capa que o tempo vai desenhando em nós. Mas deixa em nós e em toda a gente. Quem sobrevive envelhece.

E o que quero dizer é que acho extraordinário que, juntando-se um espermatozoide e um óvulo, a coisa se misture, se conjugue, se ajeite, e, qual milagre, pela multiplicação celular, desse misterioso processo acabe saindo uma pessoa. No caso, eu. E, numa outra qualquer parte do mundo, um espermatozoide de um outro homem e um óvulo de uma qualquer outra mulher se misturem, se chocalhem, se entrelacem, se conjuguem e, milagre dos milagres, saia outra pessoa que, não se percebendo como, seja muito parecida connosco, comigo.

Já aqui contei e repito. Uma vez, na Gulbenkian, duas senhoras estavam sentadas numa daquelas mesas corridas do restaurante em que também estava eu e o meu marido. Olhavam para mim, olhavam uma para a outra, falavam baixo, olhavam para mim. Até que falaram: estavam estupefactas pois eu era igual a uma amiga delas. Diziam que éramos iguais. O rosto, o cabelo e até a voz. E até como me vestia.

Não foi a primeira vez: em Espanha, uma funcionária do El Corte Inglês veio ter comigo para me abraçar. Eu e a tia dela éramos iguais. Disse-o em espanhol. Quando eu falei e disse que não, que eu era portuguesa, ela dizia que sim, que já tinha viso que não. Mas quase se atirava para o chão, dizia que até a minha voz era igual à da tia, que não acreditava em coisa assim.

Ora como é que é possível uma coisa destas? 

Não sei. Alguém me explique.

Who's your celebrity look alike? (Strangers Answer)


quinta-feira, abril 18, 2024

Contra os anhucas do MP, do Governo da AD e todos quantos fazem porcaria atrás de porcaria, que avancem os conselhos para melhor namorar e para mais prazer ter:

Amor, poliamor, sexo e tudo o que vem por acréscimo

 

Em vez do Ministro das Finanças a explicar a barracada do IRS, apareceu o chegado do Corporate, External & Legal Affairs da Microsoft Pedro Duarte, que, do que percebo, jamais na vida teve que lidar com impostos para além dos que pagou, presumo. Portanto, continuamos a assistir aos brincalhões da AD a ver se nos fazem passar a todos por totós.

Para ver se não caem no total ridículo de aparecerem com uns trocos de 176 milhões que nada são quando comparados com os 1.340 milhões do PS, a habilidade chico-esperta agora é dizer que afinal o alívio do PS é mais pequeno e, vai daí, transferem a fatia que que 'sacam' ao alívio do PS para o do PSD. Não apenas soa a estúpido como parece infantil. Daria vontade de rir se não fosse quase deprimente.

Mas, com o Sarmento e o Montenegro a rabearem ao largo, pelos vistos sem secretários de estado ou gente capaz de dar a cara pelas artolices que andam a fazer, continuamos sem saber em que consiste, afinal, o enorme choque fiscal que vão fazer como resposta ao alívio poucochinho, pipi e betinho do PS (nas palavras do joker LM).

Por isso, nada mais consigo dizer.

Também surreal -- e isto para não dizer enxovalhante para o MP -- é a decisão dos desembargadores da Relação ao esvaziar o flop Influencer. Desembargadores concluíram que não há provas de pressão do ex-primeiro-ministro para acelerar o projeto do Data Center de Sines. E que o alegado “plano criminoso” defendido pelo Ministério Público não passa de “um conjunto de meras proclamações assentes em deduções e especulações"

E, face a isto, a madama Gago, do alto da sua impância deve continuar a dizer que não tem nada a dizer, que não faz ideia de nada e, na prática, que cagua de alto para tudo isto. 

Pelos vistos, conseguiram o que queriam: fizeram a vontade ao Marcelo quebrando o Galamba qual ramo morto), infectaram a opinião pública, deram cabo da vida a António Costa e, de caminho, com a bênção de Sua Excelência, conseguiram que o Primeiro-Ministro se demitisse e, como se não houvesse outra solução, ficámos sem Governo e com a maioria absoluta socialista apeada. 

E agora, como aliás se sabe desde o início, confirma-se que não há indícios de coisa alguma e que os 'suspeitos' agiram no exercício das suas funções, a fazer o melhor que sabiam e podiam.

E o Marcelo, face a tamanha barracada...?

Feito ladino, portando-se como um vulgar videirinho, assobia para o lado e dá a entender que ainda bem, que se calhar assim o Costa até vai para o Conselho Europeu.

Cansa-me, isto, cansa-me.

Portanto, com vossa licença, falemos do que nos pode fazer felizes:

How to date, mate, and find fulfillment | Helen Fisher & more

Is polyamory a sustainable model for societies? Do partners really need to maintain the "spark" to have a healthy sex life? And should sex, romantic love, and attachment be viewed as phases of a relationship or as systems in the brain?

As modern science continues to illuminate the timeless experiences of sex and love, we're learning more about the nature of healthy relationships and the often counterintuitive ways individuals can maximize both sexual pleasure and fulfillment in relationships.

In this Big Think video, we explore all of the above through insights from anthropologist Helen Fisher, journalist Louise Perry, sex educator Emily Nagoski, primatologist Frans de Waal, and author Richard Reeves who examine sex and relationships across three key domains: your brain, your bedroom, and your society.


E que venham dias felizes

quarta-feira, abril 17, 2024

Homens que escrevem são perigosos...?

 

Tenho ideia que se costuma dizer que as mulheres que escrevem são perigosas. Mas, se calhar, é mais abrangente. 

Na verdade, muita gente tem achado Salman Rushdie perigoso e ele já tem pago, de todas as formas possíveis, as consequências dos riscos que corre ao escrever. 

Se antes, as ameaças, o viver sob protecção e tudo aquilo por que passou, certamente lhe deixou algumas marcas, a última situação, o atentado à facada, deixou-lhe marcas físicas muito evidentes. E traumas que parecem também evidentes.

Tudo o que envolve o crime perpetrado contra ele é terrível, a começar pelo sonho premonitório. Nem imagino o que é ter um pesadelo, ficar assustado, ficar sem vontade de ir, e, depois, viver essa situação, sentir-se apunhalado, catorze vezes a faca a entrar-lhe no corpo, não conseguir defender-se, cair a sentir que estava a esvair-se, o chão a encher-se de sangue... Estar às portas da morte depois do terror pelo qual passou deve ser terrível, não saber a extensão e as implicações das lesões... tudo terrível.

Mas ele tem conseguido vencer as ameaças, as más lembranças, os fantasmas, transformando-os em palavras. 

Knife

Um livro com uma capa belíssima.

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Salman Rushdie: The 2024 60 Minutes Interview

Andersen Cooper, como sempre, mostra que é um dos grandes entrevistadores do nosso tempo

Salman Rushdie has come to terms with the attempt on his life the only way he knows: by writing about it in his new book. He details the experience in his first television interview since the attack.


terça-feira, abril 16, 2024

Pelos vistos, tudo mentira, de uma ponta a outra
-- e isto ao fim de meia dúzia de dias...

 

Dizia o embusteiro com o seu sorriso escarninho que o crescimento económico previsto pelo PS era 'poucochinho', modesto, pouco ambicioso. Em contrapartida, dizia ele, a AD previa um boom, um crescimento que ninguém percebia bem de onde aparecia. Respondia o embusteiro que, com o choque fiscal e o boost aplicado à economia, o PIB cresceria como se não houvesse amanhã.

Afinal, uma semana depois, já aí andam, pé ante pé, como se não houvesse contradição, a dizer que isto e aquilo, re-beu-béu, pardais ao ninho,  a revisão é em baixa e a folga orçamental já não permitirá acomodar as promessas. Pelos vistos nenhumas promessas. 

Claro. E o que se constata é que não podem agora nem puderam nunca. Era tudo um embuste.

Provavelmente, abrem uma excepção para dar uma borla fiscal, em sede de baixa de IRC, às grandes empresas (EDP, Operadores, Petrolíferas, Grande Distribuição).

E parece que, uma vez mais, no Programa de Estabilidade estão a ser imprecisos, vagos, omissos e entregando um documento que não inclui as medidas que vão tomar. 

Ouço isto não sei como interpretá-lo. Impostores? Incompetentes? Amadores? Palermas que não sabem ao que andam? Não faço ideia. Mas que é muito preocupante, lá isso é.

E eu, que não sou de leis, pergunto se não é crime levar milhões de pessoas ao engano com base em propaganda falaciosa? De facto, como provar que os votos que receberam não se deveram ao engodo do leite e mel que prometiam derramar sobre os portugueses? 

Seria interessante que os juristas se debruçassem sobre o tema. Eu, na minha ignorância sobre matérias legais, diria que estamos perante um crime público.

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Um aparte. Soube hoje de mais uma nomeação para lugar de relevo nas equipas ministeriais. Um zero, zero dos mais redondos e inequívocos que há. Quem conhece a pessoa não consegue fechar a boca. Os crentes não param de se benzer. 

Quando Maria João Avillez dizia, convencida que estava a falar para mentecaptos, que tinha tido a agradável surpresa de descobrir que tanta gente tinha querido ir para o Governo e adjacências, saberia que alguns estavam desempregados, despedidos por incompetência dos empregos anteriores, e que irem para o governo era a sua tábua de salvação? Saberia que são nulidades sem conhecimentos académicos ou profissionais na matéria pela qual vão ser responsáveis? Saberia que está a ser feita pesca de arrasto entre os que não têm nada a perder?

Ou isso não interessa para nada? 

Aldrabice por aldrabice, nada é para levar a sério pelo que pouca coisa tem relevância...? É isso....?

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Aproveito para recomendar a leitura integral de Assim não vale (9): Um "programa de estabilidade" politicamente "ajeitado", por Vital Moreira, de onde extraio os dois últimos parágrafos: 

Sendo óbvio que os dados de partida dos dois documentos, tão próximos, não podem ser diferentes, o Governo resolveu claramente "ajeitar" os números, de modo a tentar reduzir antecipadamente o impacto orçamental negativo das medidas do seu programa político. Impõe-se que o Governo justifique devidamente estas convenientes alterações do quadro macroeconómico.

Depois da fraude da pseudodescida do IRS, não é admissível que o Governo "brinque" mais uma vez com os números em matéria de finanças públicas.

segunda-feira, abril 15, 2024

Ditado popular: mais depressa se apanha um mentiroso que um coxo
- de novo, a palavra ao meu marido -

 

O comunicado de Governo sobre o logro  fiscal é lamentável. Com a arrogância habitual, tentam enganar a malta e até ousam desafiar a capacidade de discernimento dos comentadores e jornalistas (o que, certamente, lhes vai ser cobrado mais cedo do que tarde).

Se o Montenegro e o circulo próximo não pretendessem enganar-nos deliberadamente, não tinham dito o que disseram na campanha eleitoral nem durante a discussão do programa do governo e teriam corrigido as notícias sobre o corte do IRS veiculadas pelos jornais que lhe são próximos e que tudo fizeram para promover o voto na AD.

É trágico que o Montenegro e os seus comparsas continuem  a afirmar que vão promover um alívio fiscal de 1.500 milhões de euros, mesmo que agora "não se esqueçam" de acrescentar que o corte é relativamente a 2023. 

Se queremos ter uma democracia na qual não valha tudo, um embuste descarado como este não pode passar impune. Se até aqui julgávamos que este tipo de actuação era apenas apanágio do Chega, agora vamos aceitar que a AD também o tenha? 

Vamos aos factos: existe um orçamento de Estado que está em vigor, aprovado pelo PS,  que inclui um alívio fiscal no IRS relativamente  a 2023 de 1.300 milhões de euros (aliás, parece que mais que isso, creio que 1.340 milhões).

O Montenegro, com o insuportável e cínico ar de gozo que o caracteriza, chamou "pipi" e "betinho" a este orçamento  e votou contra. 

Portanto, em 2024 existe um alívio fiscal superior a 1.300 milhões de euros que é da responsabilidade do PS. 

Existirá, se for verdade o que o PSD refere, uma gorjeta, uns trocos, qualquer coisa que, a título individual, nem dá para  a bica, 173 milhões de euros no total (menos do que um sexto do que já vigora) da responsabilidade do governo do PSD. 

Face a isso, o Montenegro  e o PSD continuarem a  afirmar que vão promover um alivio fiscal de 1.500 milhões de euros mesmo acrescentado que é relativamente  a 2023 é enganoso, é um embuste, é uma trapaça, é um logro. De facto, o grande choque fiscal prometido pela AD é qualquer coisa de insignificante face ao que já está em vigor. Não é choque nenhum. É um ajustamento e é um ajustamento ridículo pela sua dimensão. Esta é a verdade.

Promover toda uma campanha eleitoral suportada nesta trapaça é inqualificável e não abona nada em favor da atual liderança do PSD  nem dos que a promoveram.

A direita vai tentar desviar as atenções e tentar fazer passar a ideia que  a situação mundial requer diálogo e unidade para podermos fazer face às dificuldades e às imprevisibilidades.

Mas uma coisa é certa: justamente na situação actual o que não podemos mesmo é ter um PM que não é credível. E isso é que tem que ser dito.

Acho que daria uma excelente Primeira-Ministra

 

E não é em particular por esta entrevista: é por tudo, sobretudo pelo irrepreensível desempenho enquanto Ministra do Governo de António Costa.


Mariana Vieira da Silva foi "A Quarta da Manhã"


A ex-ministra da Presidência e atual deputada do PS, Mariana Vieira da Silva, foi A Quarta da Manhã e passou uma hora com a Ana, a Joana e a Inês. Para além do seu espaço de comentário e de algumas perguntas rápidas, houve ainda tempo para falar do seu percurso na política com As Três da Manhã.

domingo, abril 14, 2024

Para sempre estampada na pedra, a fraude da AD ao anunciar como sua uma descida de impostos já em curso e posta em prática pelo PS

 


Já aqui falámos, eu e o meu marido, sobre a pantomina fiscal de Montenegro -- A inventona governamental da descida do IRS, na expressão de Vital Moreira -- que fez do choque fiscal a sua bandeira levando muitos eleitores ao engano, muito provavelmente, conseguindo ganhar as eleições (apesar de ser por uma unha negra) à custa desse embuste.

Veio agora, mais uma vez feito chico-esperto, dizer que todos os portugueses, incluindo os jornalistas, perceberam mal, inventaram e ficcionaram. Fez mal outra vez. 

Ao dizer que os jornalistas ficcionaram, desacreditando-os profissionalmente, abre um fosso de descredibilização para onde atira todos não percebendo que, ao agir assim, é ele que, com isto, se enterra.

Mas mais grave do que o caso em si é a atitude, o carácter de quem age assim, usando conversa enganadora, não se importando de navegar em águas dúbias em que todos os logros são possíveis.

Diz que no documento está escrito que a verba anunciada comparava com o ano anterior. Não digo que não. Não li o documento. Mas a comunicação, em especial quando a matéria é sensível como é o caso de matéria fiscal, deve ser clara e inequívoca. Ora, a ser como Montenegro diz, então a comunicação foi traiçoeira, enganadora, fosca e pantanosa. 

Na realidade, pela cabeça de quem é que passa anunciar como sua grande medida eleitoral uma coisa que, na sua essência e na sua quase totalidade, já está em vigor (ainda por cima, sendo resultante de um orçamento que vetou e posta em prática pelo seu principal opositor)? Penso que só pela cabeça de uma criatura sem vergonha nenhuma, uma pessoa com carácter muito duvidoso. 

Quem age assim é capaz de fazer mais o quê? Quem desrespeita assim a inteligência e a confiança da população e a honorabilidade de uma classe profissional (a dos jornalistas) merece o quê? 

Respondo: merece desprezo.

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Escrevo enquanto, em directo, se tenta perceber o alcance da ofensiva do Irão a Israel. Vamos ver no que isto vai dar mas pode não ser boa coisa (to say the least). Mesmo neste capítulo, grave, temo pela capacidade do nosso Governo estar à altura de crises sérias. Pela cabeça de quem passou a ideia de pôr o Rangel em MNE? Pelo amor da santa.

sábado, abril 13, 2024

O mentiroso
- A palavra ao meu marido -

 

Sempre achei e sempre disse que quando olho para o Montenegro tenho a certeza que ele me vai enganar. Aquele riso  cínico de quem está sempre a gozar com a malta não engana. De facto, não me enganei. 

Depois da bandeira da campanha eleitoral e do programa do governo ser o choque fiscal, o Montenegro mandou à RTP um ministro, que tem ar de aluno bem comportado de um colégio da Opus Dei, dizer que afinal o aclamado pelo PSD, pelo CDS, pela comunicação social, pelas "antiguidades" da direita,...,  choque fiscal era o choque fiscal do governo do António Costa. 

Para todos os que o ouviram foi, isso sim, um choque frontal com a verdade. 

O Montenegro e todos os que fizeram campanha pela AD mentiram descaradamente para ganhar o voto dos portugueses e, mesmo com esta, e, pelo andar da carruagem, com outras mentiras, ganharam por  muito poucochinho. 

Que credibilidade tem o Montenegro e os ministros que o acompanharam numa campanha suportada numa mentira descarada para governarem o País? 

Quem acreditará naquilo que dizem e prometem? 

Que credibilidade terá junto dos parceiros Europeus um PM sobre o qual o diretor do principal jornal português escreve que deixou de acreditar? 

A direita dizer uma coisa na campanha eleitoral e fazer outra não é inédito. O Passos Coelho fez a mesma coisa, por exemplo, com os impostos. Já antes Durão Barroso também o tinha feito. 

Mentir despudorada e repetidamente em campanha eleitoral pensava eu que era apanágio do Chega. Afinal a AD fez exatamente a mesma coisa. Indesculpável e chocante.

Os diretores da CNN e do Expresso e outros jornalistas vêm rasgar as vestes quais virgens ofendidas. Preocuparam-se em fazer o trabalho de casa quando se dizia que alguma coisa não batia certo no programa económico da AD? Não, apenas se preocupavam em promover a AD e dizer mal do PS. 

Azarinho, saiu-lhes o tiro pela culatra. 

E o CDS, nomeadamente, o Paulo Portas que tenta sempre passar uma imagem de grande ética, o que pensa desta trapaça? 

E Marques Mendes? Como é que vai tentar defender esta impostura? 

E o Aníbal, com a sua postura inqualificável, como vai justificar ficar ligado a este logro? 

E os ministros da propaganda do PSD, omnipresentes nos vários canais televisivos, vão ser tão ou mais mentirosos que o Montenegro? 

Finalmente o Marcelo, que foi quem causou esta embrulhada,  vai voltar, agora com razão, ao discurso do "ramo podre"?

Será que alguém que repetidamente mentiu descaradamente aos portugueses pode ser PM?

&

Acabo agora de ouvir o Comunicado que o Governo publicou, na prática chamando estúpidos todos os Portugueses, de A a Z, e, em vez de revelar alguma humildade, mantém o tom acintoso, arrogante e provocatório que o tem caracterizado. 

Lamentável. Preocupante. Indesculpável. 

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Texto escrito na sequência da onda de perplexidade que atravessa o país depois de o Ministro das Finanças ter sido desmascarado na RTP ao ter, de fininho, assumido que a redução de IRS deverá rondar apenas os 200 milhões de euros. Os 1,5 mil milhões de euros anunciados por Luis Montenegro abrangem a redução de IRS em vigor, aprovada pela anterior maioria socialista. Em termos concretos não é nada, trocos pelos quais ninguém dará.

Chico-espertos? Aldrabões? Reincidentes patológicos? Simplesmente parvos...?

 

É só o que pergunto, e, na minha perplexidade, repito: 

São chico-espertos? Aldrabões? Reincidentes patológicos? Simplesmente parvos...?

Ou quê...?



Redução de IRS deverá rondar apenas os 200 milhões de euros. Os 1,5 mil milhões de euros anunciados por Luis Montenegro já abrangem a redução de IRS em vigor, aprovada pela anterior maioria socialista... [No Expresso]







[Vídeo no link]


[Vídeo no link]


Mas que estupidez vem a ser esta?

Julgam que estão a lidar com mentecaptos ou quê?

Montenegro julga que vale tudo?

Que pouca vergonha vem a ser esta?????

E Marcelo? O que tem a dizer disto? Acha bem ter deitado abaixo um governo de maioria absoluta para lá ter agora um governo que, ao que parece, actua na base da charlatanice?

Montenegro está a entrar com pé esquerdo, está a começar mal. Em menos de uma semana perdeu totalmente a credibilidade. 


Reacção do Expresso da sequência de notícia anterior, não desmentida


Inédita a reacção do Expresso, ("Nota do diretor: É mais do que um embuste. É mentir aos portugueses") com João Vieira Pereira revelando, por uma vez, que os tem no sítio  -- o que revela bem a gravidade do que está a passar-se.


Mas não é apenas a Comunicação Social a manifestar espanto e desagrado:


[Ouço jornalistas e comentadores nos diversos canais e a reacção é unânime: isto é de enorme gravidade, deveras embaraçoso, é um embuste, é uma fraude, uma pantomina, um logro, uma trampolinice, uma desonestidade para com os portugueses, a montanha a parir um rato, amadorismo, ridículo, apropriação de uma medida anterior, manipulação grosseira, é gato por lebre, e não vale a pena dizer que o país todo percebeu mal. Por exemplo, enquanto escrevo, ouço agora o Pedro Sousa Carvalho na RTP 3 a dizer que parece que a AD fez campanha eleitoral com base numa mentira, prometendo um choque fiscal que, agora, pelo que se vê, não passa da redução fiscal que o governo PS já tinha posto em prática]


Não me lembro de uma habilidade (ou melhor, desonestidade) desta monta levada a cabo por um Governo. 

Montenegro não vai longe assim. Não vai, não. 

[E não vou aqui falar no tom trauliteiro, arruaceiro e descabido usado pelo Rangel ou pelo Hugo Soares. Não vou falar apenas porque não quero desviar-me do tema principal deste post.)