terça-feira, maio 22, 2018

A geração que vive enfiada em casa


Por acaso, não posso dar testemunho directo de situações como as que no vídeo se referem. Não apenas eu sou o oposto -- não consigo estar fechada em casa, não consigo estar fechada em ginásios, não sou de angústias existencialistas  (na verdade, sou completamente galinha do campo ou cabrita montanhesa ou bicho do mar ou coisa que o valha) -- como, se me reportar à vida dos meus filhos e família mais próxima, o que vejo é vontade de conviver e de curtir o ar livre. Claro que conheço algumas pessoas que são capazes de passar um fim de semana inteiro sem sair de casa a ver séries ou filmes mas, assim de repente, só estou a ver duas. Mas, claro, pode ser mera coincidência.

Quanto às alergias, a ideia que tenho é que, pelo menos pelas minhas bandas, também as há menos ou com menor severidade. Mas talvez seja porque a prevenção ou os tratamentos são mais eficazes.

Aquilo a que assisto -- e isso, sim, já me parece francamente preocupante -- é a dependência das redes sociais com o que isso tem de estupidificação, de isolamento e de negação dos grandes prazeres da observação da natureza ou dos outros.

Mas, enfim, não sou socióloga nem antropóloga nem investigadora de fenómenos relacionados com o que aqui se designa por Indoor Generation. Se calhar, esta é mesmo a nova realidade.