segunda-feira, dezembro 19, 2016

O assustador mundo novo
- Find my phone
[E o presente de Natal de Putin para Trump]



Estive a ver o vídeo abaixo. Antes de mim, o vídeo já tinha sido visto para cima de dois milhões de vezes apesar de ter sido divulgado apenas há cinco dias.

Trata-se de um tema na ordem do dia e não é apenas por haver fortes indícios de que hackers russos terão invadido contas de correio democratas, tornando a vida de Hillary Clinton bastante difícil. 

Obama acusa a Rússia e Putin, o amigo de Donald Trump, assobia para o lado. Mas o tema tem tudo para pegar ainda mais fogo do que já pegou pois há mil 'habilidosos' à solta dispostos a tudo nem que seja, apenas, para provarem que conseguem.

O assunto está na ordem do dia pela evidência dos factos porque só quem não quiser pensar no assunto é que não percebe a extrema vulnerabilidade de quem usa meios que associam a mobilidade à informação. A tecnologia vai avaçando, vai sendo cada vez mais barata, acessível a todos, e o mundo vai girando a reboque de maneiras de estar na vida que não foram nem regulamentadas, nem sobre as quais existe, em tempo útil e de forma expedita, qualquer tipo de controlo.


Andamos com telemóveis através dos quais falamos, fazemos pesquisas na net, usamos gps que localizam os nosso movimentos, etc, etc, etc., e nos quais reside o nosso correio, os acessos às redes sociais nas quais nos inscrevemos, mensagens pessoais, fotografias e vídeos -- e sei lá que mais. E esquecemo-nos de que, se os perdermos, parte da nossa vida fica a descoberto. E esquecemo-nos que, de alguma forma, algum software malicioso pode lá ter ido parar permitindo, a outros, ouvirem-nos, fotografarem-nos, vigiarem-nos.

O vídeo abaixo retrata uma situação real e, embora dura vinte um minutos, peço a vossa atenção para ele.

Não devemos tornar-nos paranóicos mas deveremos, isso sim, estar alerta e ter alguns cuidados. 

Transcrevo parte do texto -- da autoria de Anthony van der Meer, estudante da arte de fazer filmes -- que acompanha o vídeo Find my Phone, que me deixou francamente incomodada (apesar de nada disto ser novo):


After my phone got stolen, I quickly realized just how much of my personal information and data the thief had instantly obtained. So, I let another phone get stolen. This time my phone was pre-programmed with spyware so I could keep tabs on the thief in order to get to know him. However, to what extent is it possible to truly get to know someone by going through the content of their phone?
In the Netherlands, 300 police reports a week are filed for smartphone-theft. Besides losing your expensive device, a stranger has access to all of your photos, videos, e-mails, messages and contacts.
Yet, what kind of person steals a phone? And where do stolen phones eventually end up?

The short documentary ‘Find My Phone’ follows a stolen phone’s second life by means of using spyware.
Although you’ll meet the person behind the theft up close and personal, the question remains: how well can you actually get to know someone when you base yourself on the information retrieved from their phone?
Do you want the full story behind the film? You can contact me in order to answer all of your questions by means of an interview (I’m proficient in Dutch and English), or to invite me to a film festival.

Find my Phone




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Big Brother is watching you 

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em todo o lado em que estejamos 'ligados'


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E, falando em Trump e em Putin -- e em spyware -- , juntemo-los com umas pitadas de humor

Donald Trump, played by Alec Baldwin, received a special holiday visit from his good pals, Vladamir Putin (Beck Bennett) and Rex Tillerson (John Goodman) last night on SNL. A shirtless Putin arrived first, climbing down the chimney and offering a Christmas gift that was obviously just Russian spyware in disguise.


Donald Trump Christmas Cold Open




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