sábado, julho 30, 2016

Hillary Clinton responde a perguntas de Republicanos
- Bem, não bem ela mas um seu cartoon. Stephen Colbert intermedeia.
[Sentido de humor e oportunidade num país (ainda?) democrático]



Vai ser uma boa presidente. Mas falta-lhe aquele grão de carisma que faz com que os outros naturalmente sejam atraídos pela sua empatia. Nota-se que se esforça por ser alegre e espontânea mas falta-lhe aquele je ne sais quoi, aquele charme que, por exemplo, o garanhão Bill, o seu fiel marido, e Obama têm em doses generosas.

Entre ela e Trump é bom que poucos tenham dúvidas. Trump é um palhaço. Que seja o candidato pelos Republicanos é bem o exemplo do circo que este desorientado mundo parece tender a ser. Hillary não: Hillary é uma política bem preparada, com competência e segurança para ocupar o lugar de presidente dos EUA. Mas, e é pena, falta a Hillary aquele toque de sedução que, mesmo na política, é necessário.


À nossa pequena escala pense-se em Cavaco: um tronco-laronco que nem uma vaca é capaz de seduzir. Seduziu a sua Maria porque ela, convenhamos, é a sua alma gémea. Mas parou aí. Veja-se o seu sucessor. Marcelo seduz velhinhas, jovenzinhas, MILF's e, identicamente, toda a espécie de homens. É um sedutor -- e daí a sua popularidade (que conquistou ao longo de anos de namoro com o seu fiel público televisivo).

Mas, voltando a Hillary, claro que o seu esforço em ser simpática não podia passar entre as pingas da chuva mediática.

O feroz anti-Trump Stephen Colbert, que é um gozão de primeira apanha mas um gozão com montes de pinta, aí está. 




Dito isto, que me seja permitida uma ressalva. Mesmo assim, muito acho eu que ela faz. Há anos que anda nisto, nos EUA estes processos são um pesadelo que se arrasta por meses e meses. Se fosse eu, chegava a ese ponto afónica, estafada, incapaz de continuar a dizer coisas e a sorrir. Tantas e tantas vezes a dizer palavras fortes, palavras simpáticas, palavras âncora, palavras de toda a espécie e feitio, espantoso é que ainda consiga articular uma palavra que seja. Não sei como esta gente que anda nisto, entre viagens, entre hotéis, a participar em almoços, jantares, comícios, congressos e convenções consegue manter um ar aprumado, consegue gerir as idas à casa de banho, as horas de sono, os sorrisos para as sessões fotográficas, as entrevistas. Gabo a dedicação desta gente e a sua resistência física.

Por isso, quando quisermos criticar estes poíticos permenentemente debaixo dos holofotes, não nos esqueçamos deste lado.de sacrifício. A mim nem que me pagassem fortunas. Podiam pagar-me os ordenados e prémios do Cristiano Ronaldo. Não queria.

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Já agora a versão antagónica: Stephen Colbert e Donald Trump

Uma gozação pegada. Quando humor e política andam a par e passo é uma graça de se ver.




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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um sábado muito feliz.

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2 comentários:

bea disse...

Acho que adormeci no Trump, por via do sono que me deu a Hillary. Falta-lhe carisma...tá bem tá.
Por que será que se sujeitam a uma tal trabalheira?! De certeza que é vocação, espírito de missão e tudo a bem da nação (que rima ham). Respondia uma colega fleumática, quando eu comentava acerca de lady Di, mas por que é que ela casou com aquele homem?! Ora, por que era o único que era príncipe.

Um Jeito Manso disse...

Pois é, Aquele amor que a inocente adolescente nutria pelo canastrão Charles... não dava para entender. E ele, curiosamente, também entre aquela menina doce e bonita preferiu continuar a encontrar-se com a sua mada de sempre, Camilla. Coisas do amor.

Mas acredito que isso de Príncipes e Presidentes exerça algum fascínio. Não dizem que o poder é afrodisíaco?