sábado, abril 02, 2016

pesca a amejua na tia doalvor


De vez em quando pasmo. Chega uma pessoa a casa, tarde e más horas, a pensar que já viu e ouviu de tudo, e depois é isto.

Liga-se a televisão e lá aparece aquela assombração. A gente a pensar que a indigência intelectual já é coisa do passado e não: ali está ele, orando. Pareceu-me que a falar do Marcelo. Perante a visão da avantesma, logo se levantou um sururu aqui em casa: 'Aquele gajo...! Mas o gajo ainda não percebeu...? Tira-me esse gajo da frente!' e eu com o comando na mão sem saber se havia de me fustigar um pouco mais ou deixar para lá.

Para não alimentar desencontros conjugais e, sobretudo, para não aumentar o risco de ainda apanhar alguma neurose, desliguei. Que se lixe. Não faço ideia de que estava o passado Passos a a dizer sobre o célebre catavento mas também não interessa -- dali nunca vi uma que se aproveitasse, não havia de ser hoje.

A seguir, vou dar uma volta pela net e apercebo-me que, oh caraças, caraças, então hoje era dia das mentiras e nem dei por isso? 

Pausa. Reflexão.

Tive duas conversas tão inacreditáveis, diria que à beira da surrealidade e, agora, perante a evidência dos factos, interrogo-me: mas será possível que aquilo fosse tudo mentira...? Cada uma delas durou para cima de uma hora das bem aviadas e eu ainda estou para perceber o que é que aconteceu para uma coisa daquelas ter acontecido e afinal ... dia das mentiras...? Rebobino e penso, caraças, não pode ter sido mentira. O que foi, foi uma grande reviravolta .

Aliás, não foram duas, foram mas foi três que, estava eu ainda a digerir a primeira das conversas, toca-me o telefone e aparece-me uma pessoa também com uma conversa nunca antes ouvida, uma coisa que fiquei a pensar, What the hell....? O que é que foi isto...? A outra conversa presencial veio depois. Por isso, foram três conversas que ontem juraria que não poderiam existir, em tempo algum. E, afinal, ocorreram.

Ah, esperem. Não três: quatro. É que junto à hora do almoço, uma outra chamada em que alguém me descreveu uma cena inimaginável, uma cena de filme. Rimos os dois à gargalhada apesar de ser uma coisa péssima. Ele até me disse: 'Quando lhe apetecer rir à gargalhada, ligue-me que tenho sempre coisas destas para contar'.

Mas essa não pode ter sido mentira pois há bocado, vinha eu no carro, recebi uma chamada a saber se já estava ao corrente do que se tinha passado. Aliás, nenhuma das conversas pode ter sido mentira. Mas o que foi não sei.

Já sei, deve é ter sido o dia dos prodígios.  

Mas, então, dizia eu, cheguei à net e dou com isto de ser dia das mentiras. Uma das coisas foi esta da fotografia aqui abaixo. Uma malandra, fez-se fotografar agarrada ao carro do namorado. Depois imprimiu a fotografia e colou-a no espelho lateral do dito carro. Quando ele arrancou e olhou para o espelho, apanhou um susto daqueles pensando que era ela de verdade. Imagino.


Pois. Mas não acabou aqui.

É que, para me distrair, vou ver as estatísticas do blog, naquela parte de ver as palavras que as pessoas escrevem no google e que, depois, clicando nos sites que a google apresenta, entram no Um Jeito Manso... e não é que me aparece aquilo que está no título deste post?

pesca a amejua na tia doalvor

E não é que o engraçadinho do algoritmo da google me manda a pessoa para cá...? Ora, vocês que aqui me acompanham, digam lá se alguma vez falei da pesca à amejua da tia doalvor (Amejua da tia?). Ora vejam bem.

Dias dos prodígios - eu bem vos digo.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, um sábado muito feliz.

1 comentário:

Anónimo disse...

Hoje, no Dia das Mentiras, numa estação de Rádio ouvi o seguinte, "que Paulo Portas tinha - finalmente! - arranjado uma namorada." E a malta da Rádio ria a bom rir! Também me ri. É das tais mentiras que sendo tão óbvias ninguém acredita nelas, uma vez nos contem. Porque Diabo se foram lembrar do Portas cor-de-rosa é que me espanto!
P.Rufino