domingo, agosto 26, 2012

A Arte Xávega e os seus corajosos artesãos. E, em dia de caravelas portuguesas, o Rei dos Mares, a Rainha dos Mares, a Menina do Mar, os meninos da beira-mar e os solitários que precisam do mar. E o grande cargueiro que veio até à minha janela. (Post revisto e acrescentado: 'Retorno para o segredo do mar e flutuo')


Sereias, sirènes - no mar de Debussy



Ouvi depois à noite, na televisão, que algumas daquelas praias tinham sido visitadas por caravelas portuguesas e que, por isso, estiveram interditas a pessoas.

Não são embarcações, estas caravelas portuguesas, mas sim seres muito belos, de uma beleza imaterial, irreal, seres feitos de véus transparentes, feitos de quase nada, apenas quase só luz, quase só irresistível veneno.



Physalia physalis



Retiro da wikipedia que as caravelas portuguesas têm uma cor azulada e não têm movimento próprio - flutuam à superfície das águas, empurradas pelo vento, com os seus tentáculos por baixo, sempre prontos a envolver um peixe para a sua alimentação. Os seus tentáculos (que são urticantes) podem chegar a alguns metros mas ela mesma mede em media 30 cm.

A caravela portuguesa é normalmente identificada como uma medusa, mas na verdade é uma colónia de quatro tipos de pólipos. São eles:
  • Um pneumatóforo transformado numa vesícula cheia de ar;
  • Os dactilozoóides que formam os tentáculos;
  • Os gastrozoóides que formam os "estômagos" da colónia; e
  • Os gonozoóides que produzem os gâmetas para a reprodução.

Mas a Praia dos Pescadores não foi visitada por estes belos seres perigosos (como são geralmente perigosos os seres excessivamente belos). E, mesmo das outras praias, ouvi que as caravelas já seguiram para outros mares, certamente levadas pela aragem para mares mais a sul onde as águas são mais quentes.


Hoje o meu filho, referindo-se ao meu post anterior, disse-me que foi pena eu não ter falado na arte xávega, o nome deste tipo de pesca, e que é uma arte que corre risco de extinção. Referiu-me também que era pena que eu não tivesse fotografias de pescadores mais velhos.

Aqui estou hoje, portanto, para tentar reparar as duas omissões de ontem.



Preparando o barco, o Rei dos Mares,  com as cordas, antes de se fazer ao mar


Encontro na internet a seguinte definição: 

A arte Xávega é uma pesca de arrasto em que o barco sai de terra, deixando já uma corda que lhe está sempre ligada, dando a volta a alguma distância da praia deixando a rede que cerca o peixe. 

A rede puxada por pessoas, auxiliadas por tractores, é arrastada até à praia trazendo o peixe que pelo caminho encontra.



O Rei dos Mares, seguramente capaz de enfrentar caravelas portuguesas, cavalos marinhos, lobos do mar, adamastores, gigantes sem nome


E se ontem vos mostrei o jovem pescador, o 'menino do mar' (seguindo a sugestão deixada num comentário), hoje o que vos trago são aqueles que o mar marcou, aqueles que conhecem a voz das ondas, que adivinham as intenções da noite pela cor das águas. 

Mais do que a beleza escultórica dos corpos jovens, impressionam-me as marcas do tempo nos corpos fortes, corajosos, de quem já viveu muitas noites de susto, de quem já se embraveceu contra os gigantes que pela calada da noite se levantam para assombrar os homens perdidos no meio do mar, de quem já se orgulhou com as cargas de peixe trazidas do ventre das águas longínquas.



.                                                                                                                                                                                                                   .


Estive a olhá-los, estes homens que têm força, coragem e os olhos cheios de mar, os que ficam a vigiar os barcos que se afastam da costa, entrando na lonjura onde é quase noite. Ou os que caminham curvados, tanta força os corpos já fizeram, tantas cordas puxaram, tantas redes enredadas, tantas redes grávidas de tantas vidas, homens que caminham dentro de água como se caminhassem num campo florido.



.                                                                                                                                                                                                                   .


Olho com ternura estes homens valentes, sem frio, sem calor, todos e só bravura e fraternidade porque nesta lida têm que ser todos por um e um por todos que os riscos são muitos e os proveitos demasiado pequenos.

Quando compro peixe prefiro os peixes de mar, os que trazem ainda nas guelras um pouco do esforço dos homens que os pescaram, aqueles que correm riscos e cortam as mãos e vergam o corpo e rasgam os músculos, e que trazem os olhos cheios de mar e as rugas cheias de sal e a pele brilhante de escamas.

Depois, enquanto andava à beira da praia, fui reparando nas poucas pessoas que resistiam ao frescor da noite que ia caindo. São os solitários, os poetas, os que precisam do som das ondas enfrentando o silêncio do fim do dia, os que precisam de asas junto de si para que os seus pensamentos vão com elas, na liberdade dos grandes espaços.


O mar, o homem, o cão, as gaivotas e, lá bem ao fundo, o grande cargueiro que se prepara para atravessar o pôr do sol a caminho do Tejo


Pudesse eu também ficar por ali, correr à beira da água, misturar-me nos braços das caravelas portuguesas, ir para bem longe, talvez para a linha de horizonte, talvez voar com as gaivotas para respirar o ar ainda mais frio, ainda mais puro, ainda mais azul.

Mas eis que o silêncio do marulhar é interrompido por vozes juvenis que cantam e umas palmas batucadas marcam o ritmo. Vou andando. E vejo, então, uma roda de meninos e meninas. Cantam, dançam e no centro da roda dois meninos fazem capoeira, revolteiam, fazem acrobacias, o cabelo comprido de um quase parecendo tentáculos negros de uma medusa, esvoaçando ao som da música. Esvoaçam, pois, os meninos que cantam e dançam na beira da praia. 

Fotografo-os uma e outra vez. Mas já há pouca luz e eles não param, a vida dança dentro deles. Poucas fotografias ficam nítidas e, sobretudo, são só imagem, não têm o som e a alegria deste fim de tarde cantado junto às ondas.



Capoeira: a alegria exuberante dos corpos dos meninos da beira mar


Caminho. Mais à frente, sentada sozinha nas rochas, de frente para a imensidão do oceano, uma jovem olha. 

Quando chego já lá está, vou até ao fundo da praia e, quando regresso, ela ainda ali está. Talvez espere alguém que se atrasou, talvez espere alguém que não virá, talvez esteja apenas a perceber o sentido da vida, talvez apenas a descansar, talvez apenas a respirar o silêncio. Talvez apenas a purificar-se antes de um encontro especial, quando a noite apagar as luzes dos olhares alheios. Ou talvez apenas a sonhar poesias feitas de mar.



A mulher, o mar e a vida pela frente. Mais adiante um pescador e a sua bicicleta. Ao fundo, quase invisível, avança o grande cargueiro


No ponto onde o silêncio e a solidão
se cruzam com a noite e com o frio,
esperei como quem espera em vão,
tão nítido e preciso era o vazio.


Quando finalmente sou encontrada e levada de volta a casa, olho para cima. No parque de estacionamento, sobre um grande candeeiro, uma gaivota domina o espaço com o seu porte altivo e olhar vigilante. É quase noite, forço os limites da abertura da máquina para conseguir apanhá-la assim, orgulhosa, cabeça erguida. É a Rainha dos Mares.



Gaivota como eu


Hoje de manhã, logo que acordei, abri a janela da sala como faço todos os dias. Vejo o Tejo, vejo a Lisboa ribeirinha que se eleva do Terreiro de Paço até ao Castelo de S. Jorge, a Lisboa de cores suaves que se estende até aos cais de Santa Apolónia. Mas hoje tinha uma curiosidade suplementar.

E eis que, ali mesmo, à minha frente, enorme, esguio, pousado no Tejo, lá estava ele, o grande cargueiro.  

Estava seguramente à espera de maré para acostar, que o Tejo tem baixios que só os pilotos experientes conhecem. 


Grande cargueiro recém chegado à minha janela - e repare-se em como, perto dele, parece pequeno o outro navio mais à frente.
Ao fundo a bela cercadura da Ponte Vasco da Gama


E assim, depois de o azul do Tejo me entrar na sala, depois dos navios me entrarem pela janela, a casa arejada, o olhar varrido de névoas, pude, então, começar o meu dia.

Deixai-me limpo
o ar dos quartos
e liso
o branco das paredes

Deixai-me com as coisas
fundadas no silêncio



Voando no espaço imenso e intemporal onde eu e vocês nos encontramos


E agora, que escrevo, livre e limpa, penso nos que me estão a ler, nos que tantas vezes me acompanham aí desse lado, dos que sabem que os poemas que leio e as palavras que digo são as asas de que preciso para voar e que a noite é a pele de que me visto para mergulhar no fundo do mar. E penso que não estou sozinha, que vos tenho aqui comigo, que juntos estamos a deslizar no tempo, construindo uma memória cheia de enigmas e sonhos pintados de luz. E,

Retorno para o segredo do mar e flutuo
nas águas frias do oceano.
Sou peixe a dançar na melodia das águas
e suspiro pela música das ondas
ao bater na rocha íngreme da pele.

Ao longe, deslizam veleiros, brancas muralhas
contra a altivez anil do céu.
Mais perto, barcos vindos da pesca
e alcateias de gaivotas, suspensas dos ares,
aguardam tardias o banquete.

Perdido na selva azul, avisto o sol,
uma promessa silenciosa desenhada
nas encostas verdes da praia.
As águas vão e vêm
ao ritmo breve da respiração.

Se a tarde se inclina e escorrega para o mar
o sol entrega-se à solidão do poente
e os dias de infância caem sobre mim,
cheios de barcos e castelos de areia,
orquestra flamejante no concerto da memória.


*

Os dois primeiros poemas são de Sophia, a eterna Menina do Mar, e o último, belíssimo, belíssimo, chama-se Retorno para o segredo do mar e flutuo e é o 338º Poema do Viandante do Homo Viator, um blogue onde nascem poemas muito raros.

*

E, por hoje, nada mais, apenas desejar-vos um domingo muito feliz.

11 comentários:

Bartolomeu disse...

Para comentar este post como o senti, (começo a tornar-me demasiado repetitivo se lhe atribuir adjectivos) ensaiei diversos textos. Todos me pareceram menores, perante a grandiosidade do que ele exprime.
Mas, de cada vez que o reli, senti crescer dentro de mim, um tema melodico. A dado momento, fez-se luz... Fernão Capelo Gaivota - Neil Diamond, penso que sintetisa qualquer extenso/eloquente comentário. Era ainda adolescente quando assisti ao filme no cinema, extasiou-me.
Deixo-te(e a todos que te visitam) o link do youtube, acrescentando a nota/pedido/sugestão, para que vejam também os outros clip's referentes ao mesmo tema, que são lindíssimos. A música e a letra são intemporais, tal como o Mar, as gaivotas, o sonho e esta busca incessante de infinito, que nos mantem e nos alimenta.
http://www.youtube.com/watch?v=sPR4uUr9gcg
;))

A Matéria dos Livros disse...

O mar, os misteriosos seres que o povoam e as gentes marítimas são matéria da melhor escrita. Ofereceu-nos dois textos muito expressivos, que deslocam aquela escrita para a contemporaneidade e para a vida costeira cada vez mais urbana. Os pescadores e as praias de que nos fala estão às portas da cidade e esse contexto que configura as vidas. Gostei muito.

Sobre esta mesma temática recordo dois escritores de primeiríssima água: Raúl Brandão, "Prescadores" e Luísa Dacosta, "A-Ver-O-Mar" e "Morrer a Ocidente".

Bom domingo!

Um Jeito Manso disse...

Olá Bartolomeu, muito bom dia,

Fico, é claro, contente por ver que a emoção com que escrevo transparece junto de quem me lê ou vê as minhas fotografias.

Nasci, cresci e vivo junto a rios e perto da praia e, por isso, a proximidade aos cheiros, sons e imagens das águas e da vida de quem vive junto a ela e dela sempre esteve muito presente na minha vida.

As gaivotas são seres que me são especialmente queridos. vejo-as, fotografo-as, invejo-as.

Gostei muito da associação de ideias com o filme Fernão Capelo Gaivota que transmite bem a ideia da solidão, mesmo quando uma solidão partilhada, e de liberdade absoluta. Já estive a rever.

Muito obrigada e um domingo muito bem passado!

Um Jeito Manso disse...

Olá Leitora de A Matéria dos Dias,

Temos toda esta beleza e riqueza perto de nós, disponível para nos deleitarmos, para nos orgulharmos. Como sabe, são espaços que me são particularmente queridos. Voar e mergulhar no o espaço largo dos céus e no espaço profundo dos mares é uma coisa que me faz sonhar.

Entretanto, depois de ter tido autorização do autor, voltei ao post e incluí um poema do fantástico blogue Homo Viator, precedido de uma nova fotografia e de um bocadinho de texto. É um poema muito belo e cuja leitura me deixou muito emocionada. Digo-lhe porque a sei leitora exigente e interessada.

Quanto aos livros que refere, não conheço o 'Morrer a Ocidente'. Vou ver se encontro pois gosto muito da Luísa Dacosta. Os Pescadores de Raul Brandão são obra que já li há muitos anos e que, agora que o relembra, irei procurar de novo.

Muito obrigada.

Um beijinho e tenha um domingo muito feliz, Leitora!

jrd disse...

Olá,
Sou eu outra vez.
Já vivemos o tempo das caravelas e o das barcas que levavam guerras e traziam mágoas. Medusas que deixaram “saudades” medonhas.
Hoje são outras as que nos assustam, como se nos lembrassem que aquele mar não é mais do que uma memória que não soubemos (ou não nos deixaram) sublimar.
Abraço e votos de boa semana

Isabel disse...

Aprendi que as caravelas portuguesas também podem ser belíssimos seres que gostaria de saber pintar.

Depois uma linda homenagem aos pescadores e depois por aí fora nas asas duma gaivota ao sabor do vento e ouvindo sempre a música que só o mar sabe cantar...

Gostei imenso do post.
Nunca vi o Filme do Fernão Capelo Gaivota, mas tenho o livro. Também vou espreitar o video.

Um beijinho e uma boa semana

Um Jeito Manso disse...

Olá jrd,

Há países encafuados no meio de um continente, sem nada de especial, e que, no entanto, arranjam maneira de sobreviver com dignidade, com uma boa valorização do território e da sua população, com independência e orgulho. E nós, com um território de dimensão inestimável, à beira do oceano, com o país servido por rios, uma riqueza enorme, aqui andamos, de rombo em rombo, sem estratégia, sem rumo, sem tino. Não sei de que DNA somos feitos que parece que apenas sabemos viver a alimentar saudades de um passado que só a espaços foi glorioso em vez de nos concentrarmos em construir um futuro capaz. Deprimente. Por isso, tenho andado a evitar falar destas coisas. Ando zen e sabe-me bem andar assim mas não sei por quanto tempo mais o vou conseguir, tamanhos os desmandos a que vou assistindo.

Enfim...

No entanto, estas caravelas portuguesas, belas e urticantes, são uma beleza. É o que temos. Uma miragem e, ainda por cima, venenosa.

Mas, independentemente de tudo isso, o que lhe desejo é uma boa segunda feira!



Um Jeito Manso disse...

Isabel, olá,

São uma maravilha mesmo aquelas caravelas-portuguesas, parece uma coisa saída da imaginação. Curioso pensar como é que seres assim, transparentes, de belo tom azulado, com aqueles longos e ondulantes braços que parecem seda, são afinal tão perigosos, queimam mesmo.

Parece que quase tudo o que vive junto ao mar tem uma beleza muito especial. Eu acho. E há poemas maravilhosos relacionados com o mar e com os rios.

PS: Agora por tentáculos: vi as raízes daquela árvore que fotografou e parecem também belos e longos braços.

Um beijinho, Isabel e uma boa segunda feira!

Maria Eduardo disse...

Assemelham-se a peças de cristal fino as caravelas Portuguesas, é pena que, com toda a sua fragilidade aparente não sejam inofensivas, mas antes altamente venenosas e até mortíferas...
Mais uma vez fiquei presa ao seu post. Achei-o belíssimo, evocando o mar, a maresia fresca do fim de tarde, a faina dos pescadores, os que se passeiam pela praia e os que simplesmente observam e sentem, em comunhão com as gaivotas, toda aquela magia trazida pelo mar... a nossa grande riqueza... tão mal aproveitada.

Olinda Melo disse...


Olá, UJM

Desde o dia em que colocou este post, trazendo-nos o tema da arte xávega e das caravelas portuguesas que tenbo estado para aqui ver.

Tive de passar, agora, por posts maravilhosos, mais recentes, com muita pena minha mas voltarei a eles...

O que é que me chamou a atenção na 'arte xávega'? Não conhecia esta actividade com esta definição. Em criança, costumava, eu e os meus irmãos, andar à roda dos pescadores enquanto com a força de braços puxavam o bote, presenciando depois o saltitar dos peixes enquanto o dividiam entre eles. Muitas vezes até nos ofereciam pratos fundos cheios de peixe...

Nisto da arte xávega para além do nome, surpreendeu-me o facto de, também, serem puxados por tractores e também por animais,bois,salvo erro. Foi uma novidade para mim.

Quanto às caravelas portuguesas, belas, belíssimas, estive na Caparica, Praia da Morena, na sexta-feira passada, dia um bocado buliçoso, com os nadadores-salvadores a apitarem para as pessoas saírem da água e algumas outras a serem socorridas,(queimaduras pouco graves), no posto de vigia, com um elemento da polícia marítima à mistura e uma nadadora-salvadora a explicar a situação a um veraneante, mostrando-lhe uma brochura ou livro pequeno, com as tais caravelas.

Pois na praia estavam algumas, já mortas,montes de gelatina, sem aquela beleza etérea de quando se encontram no seu elemento natural, o mar.

O Mar e tudo o que lhe diz respeito, um tema que mexe comigo, aqui muito bem homenageado, através da sua bela escrita, dos poemas, das fotografias.

Isto já vai longo, não é?

Não consegui descobrir forma de pesquisar no seu blog. Queria ir àquele post em que fala de tapetes de arraiolos e...acho que já falei nisso.

Beijos

Olinda

Um Jeito Manso disse...

Olá Olinda,

Sim, penso que antes era com bois. Agora são tractores e homens. Acontece ao fim da tarde na Praia dos Pescadores, ali mesmo na Costa da Caparica (na direcção mais ou menos dos Bombeiros).

Estas praias todas, desde S. João até às do fundo, que se juntam à Fonte da Telha, são uma maravilha, areais imensos. Eu, quando vou, costumo ir para essas lá mais para a frente, a do Infante, por exemplo, que tem pouca gente. Quando vou com os miúdos vamos para aquelas da zona de S. João, que têm bons parques e também pouca gente. São praias fantásticas e tão perto de Lisboa. Que mau aproveitamento turístico que tem sido feito, não é? Areias limpas, águas limpas, bons acessos.

E ver os pescadores naquela faina é uma imagem fantástica. O mar e o rio, para mim, também são elementos especiais, preenchem grande parte do meu imaginário.

(Quanto às caravelas, fiquei com uma dúvida. Será que são as célebres ou da família das alforrecas? Uma gelatina branca assim?)

Um beijinho, Olinda e muito obrigada pelas suas palavras.