sexta-feira, outubro 07, 2011

José Castelo Branco e Lady Betty Grafstein, Duquesa de Alba e Alfonso Díez, Marguerite Duras e Yann Andréas - três heterodoxias extremas


José Castelo Branco, nascido em Moçambique em 1962, veio para Portugal quase criança, trabalhou como modelo e, mais tarde, foi Tatiana Romanova, drag queen no Trumps. Casou-se, teve um filho, divorciou-se. A sexualidade ambígua, o corpo torneado, as feições exóticas e um temperamento extrovertido levaram-no a festas sociais onde conheceu artistas plásticas, de quem acabou por se tornar quase agente e, daí, até se tornar marchand foi um passo.

Por essas andanças, foi conhecendo cada vez mais pessoas, foi entrando no mundo do dinheiro. Há cerca de 15 anos casou-se com a riquísima Betty Grafstein, dona de uma empresa de diamantes e design de jóias, a Grafstein Diamond Company que herdou do marido, um judeu americano já falecido. A firma é gerida pelo filho que, naturalmente, não vibra com o casamento da mãe. Lady Betty é muitos anos mais velha que José Castelo Branco mas não se conhece ao certo a sua idade. Residem entre Sintra e Nova Iorque.

Parece que agora meteu na cabeça ser artista, fez um disco, quer participar em espectáculos e à-vontade, graça e sensualidade são coisas que não lhe faltam. Faltar-lhe-á talento vocal mas isso, para ele, é pormenor e, se calhar, para o género, também é irrelevante. A Tatiana Romanova ainda lhe está na massa do sangue.

As festas em que ambos participam, os reality shows em que ele tem sido estrela dominante, o aspecto de ambos, feitos e refeitos em muitas plásticas, tornam-nos um casal mediático e objecto fácil de ridicularização generalizada.

Ele parece cada vez mais mulher, a última cirurgia que se lhe conhece, segundo ele, foi para fazer umas pommes. Diz que, quando a mulher morrer vai 'para um convento de bichas'. O aspecto dela também a torna alvo fácil de piadas. Tantas plásticas já deve ter feito que o rosto parece ter cristalizado num sorriso patético.


Agora estão ambos envolvidos em mais um filme: José Castelo Branco terá participado em orgias sado-masoquistas em hotéis de luxo, com a Senhora Dona Lady assistindo. Ela diz que não, que mal pode andar.

E toda a gente goza, dizendo que ele é um oportunista, que aquilo é um casamento interesseiro.

Pois eu acredito que sim, tal como todos os casamentos, cada um à sua maneira. Cada um que se casa pensa que vai para melhor. E cada um valoriza os factores à sua maneira (afecto, estabilidade emocional, estabilidade financeira, luxo, apenas amizade).

Ele, que gosta de luxo e de boa vida, beneficiará com o casamento mas acredito que sente carinho por ela. Mas ela tem, certamente, ao lado dele, um suplemento de juventude, de alegria, de vontade de ser bonita, de se arranjar. Com quem, se não com José Castelo Branco, ela circularia em festas animadas, com cantorias, roupas bonitas, maquilhagens, certamente toda a gente a dizer-lhe que está óptima, fantástica? E que mal tem isso, se ela se sentir feliz assim?

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Cayetana de Alba, conhecida por Duquesa de Alba, possui mais títulos do que qualquer outro nobre: é cinco vezes duquesa, dezoito vezes marquesa, vinte vezes condessa, viscondessa, condessa-duquesa e catorze vezes Grande de España.

Teve, no entanto, uma infância triste. Cedo ficou orfã de mãe. Depois, com o pai, exilaram-se em Inglaterra durante a Guerra Civil espanhola; mais tarde, sofreu na pele a 2ª guerra mundial.

Quando voltou a Espanha casou-se, num casamento divulgadíssimo, de luxo. Desse primeiro casamento nasceram os seis filhos.

Depois de enviuvar, em 1978, Cayetana voltou a casar-se com um ex-sacerdote onze anos mais novo que ela, causando na altura bastante escândalo. Mas foi um casamento feliz, o relacionamento entre ele e os filhos dela foi tranquilo, muito bem aceite por todos. Mas em 2001 Cayetana, Duquesa de Alba voltou a enviuvar.

E em 2008 começou a prenunciar-se o namoro entre ela e Alfonso Díez, vinte e cinco anos mais novo, ex-funcionário da Segurança Social. E agora, como amplamente divulgado, no dia 5 de outubro casaram-se.


Mais uma vez, há especulações, há boatos, fofoca, mas o que eu vejo é um casal feliz.

Claro que o rosto da Duquesa - que parece desfigurado provavelmente devido a excesso de plásticas ou enchimentos labiais a botox - se presta a piadolas.

Mas convém que se saiba que é uma mulher muito interessante, ligada às artes, foi modelo, musa e mecenas de pintores, apoia e dança o flamengo e é grande aficcionada de touradas. Ela própria pintava. Possui uma valiosíssima colecção de pintura de que fazem parte, é apenas a título de exemplo, Chagall, Renoir, Picasso.

E, ao ver as fotografias do casamento, com Doña Cayetana feliz, sorridente, um vestido mimoso e elegante, um bouquet tão bonito nas mãos, dançando flamengo, alegre, plena de graça e vitalidade, o marido batendo palmas, olhar carinhoso, o que vejo é um casal que vive a sua vida da melhor forma. Haverá algum mal nisso? Não vejo.
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Marguerite Donnadieu, cujo non de plume é Marguerite Duras (1914 - 1996) foi escritora, dramaturga e cineasta. Nasceu na Indochina francesa, depois dos pais terem ido para lá na sequência de uma campanha que houve em França aliciando os franceses a irem para trabalhar para esse território longínquo.

Contudo o pai adoeceu e morreu, era Marguerite ainda muito novinha. A mãe, que era professora, insistiu em ficar lá com os três filhos. Investiu os haveres numa propriedade remota no Camboja, mas o investimento correu mal e viveram em situação de pobreza.

Foi por essa altura que Marguerida, jovem adolescente, se enamorou por um chinês adulto tendo vivido um apaixonado romance. Deste amor, nasceram várias histórias (algumas relatando situações contraditórias, de alguma ambiguidade, mas sempre francamente sensuais) das quais a mais conhecida é O Amante, Prix Goncourt 1984, também passado a cinema, um filme muito interessante, carregado de um erotismo poético, digamos assim.

Aos 17 anos voltou a França para tirar o curso de Matemática mas desistiu, cursando antes Ciências Políticas e Direito. Adere ao Partido Comunista (de onde, mais tarde, viria a ser explulsa) e enceta uma activa vida política. Casa com um activista, que é deportado. Mais tarde divorciar-se-ão.

Marguerite começa a ter problemas de alcoolismo mas consegue manter-se intelectualmente activa. Entre livros, teatros, filmes, alguns relacionamentos, Marguerite conjuga estas actividades com problemas recorrentes com o alcool. Numa dessas crises, em 1980, telefona a um jovem admirador, que tinha tido contacto com a sua obra quando ainda estudante de filosofia, e que ela tinha conhecido uns meses antes. É Yann Lemée a quem ela tratará por Yann Andreas e que nos últimos cinco anos lhe tinha escrito inúmeras cartas, fascinado pelos seus livros, por ela.


Começa então uma relação de amizade, amor, dedicação, cuidado e carinho. Yann tem menos 38 anos que Marguerite e adora-a.

Durante dezasseis anos cuida dela, apoia-a, inspira-a. Talvez mais que uma relação meramente amorosa, é também, ou sobretudo, uma relação literária.

Yann começou também a escrever mas o reconhecimento apenas veio mais tarde, com o livro em que fala do amor que viveram. Chama-se 'C'est amour là' e foi também adaptado a cinema.


Pego agora nesse livro e leio-vos as primeiras palavras.

"Gostaria de vos falar disso: desses dezasseis anos entre o Verão de 80 e o dia 3 de março de 1996. Desses anos vividos com ela.

Só consigo dizer ela.

Continuo a ter dificuldade em dizer a palavra. Não consigo dizer o nome dela. Só escrevê-lo. Nunca consegui tratá-la por tu. Por vezes ela teria gostado. Que eu a tratasse por 'tu', que a chamasse pelo seu nome. Não me saía da boca, não conseguia. Desenvencilhava-me para não ter que pronunciar essa palavra. Para ela era um sofrimento, eu sabia-o, via-o, e contudo não conseguia fazer de outra maneira. Acho que aconteceu duas ou três vezes, tratei-a por 'tu' por distracção. E vejo o seu sorriso. A infância. Uma alegria perfeita. Por eu me ter permitido chegar a essa proximidade. "

Depois, perto do fim do livro, já depois de Marguerite ter partido, escreve:

"Estou só na cidade, de manhã, à tarde, à noite. À tarde e pela noite dentro, por vezes, tenho pena de estar assim, de não ir no automóvel preto ao longo do Sena, tenho pena de não ouvir o meu nome chamado por si, Yann onde está você, Yann, é preciso ir às compras ao mercado de Buci, Yann já não posso mais consigo, fique, não se vá embora, não fique triste quando eu morrer. Não acredito por um só momento em todas essas histórias da eternidade. (...) Sim, por vezes, a certas horas do dia e da noite, tenho esta saudade. Como uma tristeza que passa. Como um desgosto que volta a certas horas. Imprevisível. E depois escrevo-lhe."

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14 comentários:

rosaamarela disse...

Podia ter-se casado e ser FELIZ, mas transformou teimosamente o seu romance num "colébron mexicano", as revistas do mundo rosa fizeram o seu Agosto e entretanto encheu os filhos de ridículo….


Don Alfonso un pão! que vive um sonho de juventude.


BfdS

Um Jeito Manso disse...

Olá Rosa Amarela,

Penso que se refere à Duquesa de Alba. Eu não sei se ela poderia ter evitado pois a imprensa não a larga e, convenhamos, o par tem tudo para aguçar o apetite da imprensa cor-de-rosa.

De qualquer forma, os filhos porque se sentem ridicularizados? Já deveriam estar habituados a ter uma mãe que tem alma de adolescente e , afinal, porque é isso ridículo?

Nisto, gosto de me imaginar no lugar das pessoas e dou por mim a pensar que tomara eu chegar aos 85 ainda assim, animada, a gostar de dançar. E ainda por cima com um marido todo 'enxuto', todo animado... Olhe, sorte a dela, não acha?

Bom fim-de-semana, Rosa Amarela, que agora é que começou o verão!

-pirata-vermelho- disse...

Mas!
por amor de que raça de desgraça aparece a Marguerite Duras misturada com a abjecção venal e ordinária?

Tita disse...

Olá. Penso exactamente da mesma maneira. Não sou aficionada das chamadas revistas cor de rosa, mas da Duquesa de Alba, fui seguindo, através da internet o desenrolar da história nos últimos anos. Precisamente por estar a sentir o lado humano da coisa: a luta contra a solidão, numa vida que caminha para o fim, da uma pobre senhora rica... Achei espantoso o seu ressurgimento das cinzas como progresso deste relacionamento. Diziam até, nos mentideros, que ele seria homossexual. Se o era, deixá-lo ser. Sexo, as we know it, também não deve ser o ponto forte da relação deles. Portanto, podem ter estabelecido o equilibro afectivo da relação em qualquer outro nível, que aparentemente funciona, pois parece-me genuína a alegria de ambos. Se tiver a maçada de ir ao meu bloguesinho 'navedomeusonho', verá algumas fotografias (que se calhar já conhece), e que mostram como o coração ocupado melhora o corpo e a alma.

Lembra-me Garrett, nas Viagens na Minha Terra, cujo excerto me permito copiar:

"Yorick tem razão, tinha muito mais razão e juízo que seu augusto amo el-rei de Dinamarca. Por pouco mais que se generalize o princípio, fica indisputável, inexcepcionável para sempre e para tudo. O coração humano é como o estômago humano, não pode estar vazio, precisa de alimento sempre: são e generoso só as afeições lho podem dar; o ódio, a inveja e toda a outra paixão má é estímulo que só irrita mas não sustenta. Se a razão e a moral nos mandam abster destas paixões, se as quimeras filosóficas, ou outras, nos vedarem aquelas, que alimento dareis ao coração, que há-de ele fazer? Gastar-se sobre si mesmo, consumir-se... Altera-se a vida, apressa-se a dissolução moral da existência, a saúde da alma é impossível."

Felizes os que conseguem amar, entregar-se e terem quem os receba... Tudo o resto parece-me mero preconceito...

Tita

Um Jeito Manso disse...

Olá Tita,

Já fui visitar a sua nave de que gostei muito.

E concordo consigo. Aliás as palavras do Garrett espelham bem a situação. Viver com amor, paixão, ou viver um sonho, ou apenas ter companhia, ou viver uma ilusão - tudo é preferível do que deixar-se ficar fechada em casa, numa cadeira a ver televisão, ou à janela a ver os outros viverem, enquanto se espera que chegue o fim.

Por muito bizarras que nos pareçam as situações ou os personagens, tenho muita dificuldade em criticar. Acho que se deveria encarar com ternura, com apreço, estes romances de fim de vida.


Um abraço, Tita, volte sempre que eu também lá irei de visita à sua nave.

Um Jeito Manso disse...

Pirata,

Lá está você com o seu radicalismo inclemente.

Cada pessoa tem o seu valor, seja pianista, bailarina, dramaturgo, escritor, drag queen, empresária de jóias, mecenas, cientista, professor, bancário, cozinheiro, carpinteiro, dona de casa - claro que a escala varia, claro que a perenidade da memória varia, claro que o âmbito do reconhecimento varia, claro que tudo...

Mas todas as pessoas são pessoas.

A maioria são as que deixam ficar presas dentro do seu corpo, dentro de quatro paredes, abdicando de tudo o que de bom e caloroso poderiam ter - e assim ficam, vivendo de recordações, até que a vida se extinga.

Seja a Lady Betty, seja a Duquesa de Alba, seja Marguerite Duras são mulheres (e é deliberadamente que ponho a Marguerite no presente) que chegaram a uma idade em que poderiam ter optado por ficarem sozinhas a guardar a sua herança (seja ela monetária, nobiliárquica ou literária). Mas optaram por viver o seu último período de vida com a companhia que escolheram, que as anima, as mima, as faz viver - ou até que as ilude.

Marguerite Duras foi uma mulher atormentada pelo alcoolismo e deverá saber que foi censurada por viver um romance com um 'rapaz' 38 anos mais novo que ela, assim como ele foi acusado de querer aproveitar-se da sua obra, do seu prestígio. E, no entanto, aquela mulher frágil precisava dele como qualquer mulher frágil precisa de um suporte, de uma companhia amiga. Foi ele que esteve ao lado dela, que a ajudou, que a alimentou, que a adormeceu.

Dentro de cada 'pessoa importante', seja a que se deva a sua importância, está uma pessoa. Se apenas se vê a utilidade da pessoa (como artista, por exemplo), deixando-a abandonada a si própria, a coisa não corre bem.

Veja o final dramático da Callas (e não refiro Marylin, não vá o Caro Pirata achar que é uma artista menor).

Por isso, não se critique, não se catalogue, não se exija demais. Que cada um viva a sua vida da melhor forma, sentindo-se acarinhado, compreendido, incentivado.

É o mais importante. A vida é efémera. Deve ser bem vivida, em cada momento, até ao fim.

rosaamarela disse...

a vida é um "sem fim", com este post descobri que afinal não sou tão liberar, como sempre vivi e assumi... com a idade fiquei conservadora ???

I feel sorry for mi...

-pirata-vermelho- disse...

Minha senhora,
lá está você com a sua inclemente diluição das referências.

'Todas as pessoas são pessoas' (é sabido)
mas!
algumas mediocrizam o meio mais que outras (é pernicioso).

Helena Sacadura Cabral disse...

Jeito Manso
Como gostei desta melange que a minha amiga tão bem sabe fazer. Deliciosa!
Se outros pontos em comum não tivessem estes personagens todos, um parece inegável: as mulheres casam sempre com homens muito mais novos!
Antes era o contrário. Como dizia um ex ministro muito educado, "habituem-se"!
A fluência com que escreve, e o olhar de tolerância pelo ser humano que é diferente, faz deste blogue um excelente palco de conversa. Bem haja por nos receber nesta sua casa, sempre a sorrir.

Um Jeito Manso disse...

Rosa Amarela,

Todos somos tendencialmente conservadores e julgadores... E, num primeiro olhar, somos levados, antes de mais, a ver apenas o lado mais evidente, o lado às vezes aparentemente ridículo, ignorando tantas vezes a humanidade que está por trás.

Mas, sabe?, a mim a idade tem-me trazido cada vez mais tolerência, mais empatia pelos outros.

Os que me chateiam a sério são os desonestos, os convencidos e enfatuados, os demagogos baratos, os troca-tintas e trafulhas. Com esses, a minha tolerância não tem aumentado...

De resto, peace and love.

Um Jeito Manso disse...

Pirata,

Peço para ler o que escrevi nesta minha última resposta à Rosa Amarela.

É que, de facto, não coloco toda a gente a um mesmo nível. Há gente medíocre, sim, medíocre e perigosa para os outros, gente má, gente falsa. Gente que joga com o futuro dos outros, que aposta na degradação financeira para comprar barato e vender caro, arruinando empresas, lançando pessoas no desemprego, etc, etc.

Por isso, com tanta coisa má e perniciosa que por aí há, porquê sermos incondescendentes e intolerantes para com pessoas que apenas querem ser felizes e viver a vida à sua maneira.

Não estou a comparar a Lady Betty com a Duquesa de Alba e com a Marguerite Duras porque são mulheres com percurosos de vida distintos. Uma é empresária, outra é uma nobre dedicada a várias causas entre as quais a arte e a terceira é escritora. Têm em comum o terem escolhido viver os seus últimos anos com homens mais novos, que as rejuvesnecem, apoiam, acompanham.

Também não estou a comparar os homens que elas escolheram como marido. Cada um deles é, para elas, especial e, nós que estamos de fora, apenas poderemos apreciar o lado mais mundano.

Mas quem somos nós para julgar? Somos, porventura, melhores que qualquer um deles? É tudo tão subjectivo, meu Caro Pirata.

Um Jeito Manso disse...

Olá Helena,

Sorrio e rio muito, tem razão. Mas agora foi a minha Amiga que me fez sorrir. Tem toda a razão, as mulheres mais velhas preferem os mais novos...

E é mesmo assim. As mulheres (regra geral) envelhecem melhor, são mais autónomas. Uma mulher sénior, casadoira, que possa escolher, claro que escolherá um homem que a divirta, que queira passear, ir ao cinema, que ande bem disposto em vez de um velhinho derreado, com caixinhas de comprimidos, achaques e neuras.

Claro que, entre os homens também há excepções. Mestre Manuel Oliveira com mais de 100 anos e ainda a fazer filmes, é exemplo disso. E hoje vi no Expresso um conhecido arquitecto que ninguém diria ter a idade que tem, mais parecendo um actor francês cheio de charme...

Mas se há os que têm um ADN portentoso, a maioria dos homens chega aos 80 sem a graça que um José Castelo Branco, Alfonso Días ou Yann Andréas certamente trazem à vida das mulheres que os escolheram.

(Coloquei o Yann Andréas com a Marguerite Duras no presente por facilidade de escrita e de ilustração)

Helena Sacadura Cabral disse...

Ai cara amiga
Que bem que ele está! E que gosto me dá que assim seja.
Ter sido alguém na sua vida é algo que me enche de orgulho e, também, de muito amor.
Há casos assim.

Um Jeito Manso disse...

Helena,

Ter sido uma paixão espontânea e um amor que frutificou e lê-lo assim, em palavras enternecidas, deve mesmo enchê-la também de orgulho.

E a vitalidade, os projectos, a alegria e o charme de ambos, são traços que vos unem e isso é inegável.

De resto, quanto ao charme dele, faz-me lembrar o Daniel Auteil, actor que muito aprecio, e até estive para colocar mais um post da minha série 'Gémeos separados à nascença?' mas acho que ao Daniel ainda lhe falta adquirir um certo élan. Mas ainda vou ver se descubro uma fotografia em que estejam parecidos, que estou com vontade de os pôr ao lado um do outro.