quinta-feira, outubro 28, 2010

Sócrates e PPC, Teixeira dos Santos e Catroga, Frasquilho e Lacão, Relvas e por aí fora = "soma nula" ou seja, "barafunda não é peixe"


O burrinho, o burro do costume, o burro de carga, infeliz e desgostoso - ultimamente nada de bom lhe acontece. Uma madame à espera para ver no que dá. Depois uns pequeninos com ar de espertos, um gang de pretensos negociadores, uns frasquilhos com pulseirinhas inadmissíveis, uns moedas com ar de rapazolas que se acham investidores (e cliquem aqui se quiserem ver o que vos digo), uns lacões com bochechas descaídas que o que fizeram na vida, como quase todos os outros, foi basicamente ser político - e depois anda para ali uma outra figura, com ar ladino e sapiente, creio que não faz parte daquele petit comité mas por ali paira, rasteiro, um relvas, a aconselhar, a aparecer perante os media, sem dúvida uma das mais relevantes figuras da política nacional da actualidade.

E, à frente, por ali está também o macaco, espertalhaço, com ar de quem está a comandar as hostes. Quem será?


Na entrevista que ouvi com Eduardo Catroga, ele tirava, de uma só penada, o tapete ao Pedro Passos Coelho - ao dizer que achava que, apesar desta mediática ruptura, o PSD se deveria abster na votação do OE 2011 e que este acordo que aqui se estava a tentar era apenas para facilitar as coisas no debate de especialidade... - e ao José Sócrates - ao explicar (e, se clicar aqui, verá) que as contas do Governo têm sido uma trapalhada e que a diferença de verbas que estava em jogo para o entendimento era coisa de somenos, que facilmente se resolveria.

A economia à beira da desgraça, as empresas em risco de ficarem sem crédito, o desemprego em risco de disparar, as pensões e subsídios à beira de não terem de onde vir, e o país entregue a pequenas figuras, sem sentido de estado, rapazolas, espertalhaços, politiqueiros.  

Eu estava confiante de que figuras, que tenho por sérias e responsáveis (pecadilhos à parte) como o Eduardo Catroga e o Teixeira dos Santos, conseguissem entender-se e mostrar como é quando dois homens feitos se sentam a conversar. Mas, de facto, o circo já está praticamente entregue só a figurantes e assim é difícil fazer o que quer que seja a sério.

Diz-se na minha terra que "barafunda não é peixe" e estas cenas assim o provam: daqui já pouco se aproveita.

Vamos ver no que este enredo. A pena é que, mesmo que se entendam (isto é, mesmo que o PSD se abstenha), isto está tudo tão deteriorado que já perdeu totalmente a graça.
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