sábado, setembro 18, 2010

José Mourinho no TGV da Selecção, conduzido pelo extraordinário Gilberto Madail

Esta da suspensão de um bocado do TGV e da 3ª travessia irritou-me. Então depois de meio mundo andar a dizer que não havia dinheiro para isto e de o Sr. Sócrates afiançar a pés juntos que havia, que isto era estrutural para o País, que se não fizéssemos perdíamos os fundos e mais não sei o quê, então agora, de facto, não há dinheiro? E andam a empurrar os problemas com a barriga, enquanto nos media se entretêm a épater les bourgeois?

Ou são como aquela gente burra que só percebe que está a ir de encontro a uma parede, depois de lá esborrachar a testa?

Atitudes destas só descredibilizam ainda mais os governantes, os políticos. Não sei se o TGV faz falta, nunca me dei ao trabalho de analisar os estudos de rentabilidade mas quero acreditar que estamos a ser governados por gente séria, por gente que, quando se mete nas coisas, é porque acha que são possíveis e desejáveis.

Isto assim, defender uma coisa e, a seguir, de rabo entre as pernas, vir dizer que afinal não há dinheiro, é que é uma coisa impensável. Irritante. Desprestigiante. Descredibilizante. Desmoralizante.



Outra igualmente irritante (mas menos grave, apesar de tudo) é a incompetência dos sujeitos da Federação que não foram capazes de aparecer com uma solução já operacional no mesmo dia em que correram com o outro, com o Carlos Queiroz. Passada uma semana aí anda essa madail e titubeante figura a mendigar ao messiânico Mourinho que arranje um tempinho disponível para, em part-time, e em acumulação com o trabalho principal no Real Madrid, vir aqui fazer uma perninha.

Mou, José Mourinho, D. Sebastião, o Messias de que precisamos para orientar 2 jogos da Selecção... Que coisa mais ridícula!

Então tudo isto não se devia ter feito em privado, com profissionalismo, com alguma dignidade? Que tristeza. Não deviam ter aparecido logo com uma solução a sério, a tempo inteiro? Então agora a selecção nacional pode ser enquadrada a part-time? Por favor...!

Que lindo espectáculo que é, em Espanha, as televisão e os jornais andarem a fazer sondagens e entrevistas aos madrilenos e todos a dizerem, embora por outras palavras, que os portugueses se estão a portar como uns verdadeiros palhaços.

Tudo demasiado pífio, uma indigência, um pedir de esmolinha, tudo excessivamente deprimente.

O que é que o Sr. Laurentino Dias dirá desta vez? Será que vai aparecer outra vez com ar de Madre Superiora como se não tivesse nada a ver com o assunto?
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